sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

FELIZ ANO NOVO


Que nesse ANO NOVO a gente queira ser feliz, porque todos merecemos, até mesmo cada um de nós.
Que a gente acredite em milagres, porque, do jeito que tudo anda, sem eles vai ser difícil.
Que a gente queira a justiça social, mas comece na própria casa ou empresa.
Que a gente deseje a fraternidade, mas abrace os amigos, ame a família, e para começar seja carinhoso consigo mesmo.
Que a gente promova a ética, mas não se sujeite a qualquer tipo de relação que nos humilhe, castre e deforme.
Que apesar da violência, da desonestidade, da insegurança, da farsa, da fanfarronice, da mesmice, da acomodação, da bajulação e da frivolidade reinantes, a gente consiga ver que isso não é tudo, e nem todos são assim.
Que embora aspirando à coerência a gente às vezes se permita ser ambivalente, pois a rigidez leva à mediocridade.
Que embora querendo tudo isso a gente também se permita ser um pouco bobo, romântico, infantil, e se deixe seduzir pela magia - para não acabar bitolado, intolerante, e irremediavelmente chato.
E, finalmente, que a gente saiba que somos ao mesmo tempo responsáveis e inocentes em relação ao que acontece e ao legado que, sem saber, inevitavelmente deixamos.

NESTE NOVO ANO . . .PROMETA A SI MESMO

Ser tão forte, que nada perturbe a paz de sua mente.
Falar de felicidade, saúde e prosperidade a cada pessoa que encontrar.
Ver o lado brilhante de cada coisa e conseguir otimismo por meio delas.
Pensar somente o melhor, trabalhar somente pelo melhor.
Ser tão entusiasta pelo êxito dos demais como por seu próprio.
Fazer sentir aos seus amigos que há algo de valor neles.
Esquecer os erros do passado e persistir para conseguir grandes realizações no futuro.
Exibir um aspecto atraente todo o tempo.
Obsequiar cada pessoa conhecida com um sorriso.
Dar tanto tempo ao seu melhoramento pessoal que não sobre tempo para criticar os outros.
Ser demasiado grande para preocupar-se,
Demasiado nobre para irar-se,
Demasiado feliz para permitir a presença de problemas que perturbem seu equilíbrio!
Que cada dia do seu novo ano seja repleto de luz, alegria e realizações!
(autor desconhecido)

sábado, 20 de dezembro de 2008

NATAL É TEMPO DE PAZ!!!




Dizem que Natal é tempo de Paz.
Dizem que Natal é tempo de Alegria.
Dizem que Natal é tempo de Fraternidade...
Será que o Natal é mesmo tempo de paz, de alegria e de fraternidade, assim como o verão é tempo de calor e a primavera é tempo das flores?
Será que esperamos pela Paz, no Natal, como esperamos pelas flores na primavera?
Natal é tempo de paz da mesma forma que o semeador percebe o tempo propício de lançar a semente.
Mas é preciso plantar a semente, como é preciso plantar a paz, como é preciso construir a fraternidade, como é preciso decobrir-se irmão, como é preciso conquistar a liberdade que faz a gente criar asas, liberdade que nos permite sonhar, porque o Natal é tempo de sonhar...
Porque Deus também sonhou...sonhou que um dia seria amigo e companheiro dos homens e das mulheres, na sua maior façanha de Criador.
E, Jesus também sonhou em ver o mundo recriado, com crianças brincando pelas ruas, sob a felicidade dos olhos dos pais.
Hoje, temos a certeza, motivados pelo sonho de cada um, que brotou lá dentro do coração...sonho de estar junto, de aprender, amadurecer, de nos alegrarmos e fazer crescer a esperança...
Como diz o canto popular:"sonho que se sonha só, pode ser pura ilusão, sonho que se sonha junto é sinal de solução”...
Então, vamos sonhar, sonhar ligeiro, sonhar em mutirão!

FELIZ NATAL e um ANO NOVO cheio de PAZ!!!

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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

CONSELHOS DE UMA VELHA SENHORA

Dona Maria era uma senhora de 92 anos, elegante, bem vestida e penteada. Estava de mudança para uma casa de repouso, pois o marido, com quem vivera 70 anos , havia morrido e ela ficara só...
Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando uma atendente veio dizer que seu quarto estava pronto.
A caminho de sua nova morada, a atendente ia descrevendo o minúsculo quartinho, inclusive as cortinas de chintz florido que enfeitavam a janela.
- Ah, eu adoro essas cortinas - disse ela com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
- Mas a senhora nem viu seu quarto...
-Nem preciso ver- respondeu ela. Felicidade é algo que você decide por princípio. E eu já decidi que vou adorar! É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.
Sabe, eu tenho duas escolhas: passar o dia inteiro na cama contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem... ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
Cada dia é um presente.
E enquanto meus olhos abrirem vou focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu guardei para esta época da vida.
A velhice é como uma conta bancária: Você retira daquilo que você guardou. Portanto, lhe aconselho depositar um monte de alegria e felicidade na sua conta de Lembranças.
E como você vê, eu ainda continuo depositando...
Agora se me permite, gostaria de lhe dar uma receita.

1- Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.
2- De preferência aos amigos alegres. Os “baixo astral” puxam você para baixo.
3- Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado.
4- Curta coisas simples.
5- Ria sempre, muito alto. Ria até perder o fôlego.
6- Lágrimas acontecem. Agüente , sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo. Esteja VIVO, enquanto você viver.
7- Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: pode ser família, animais, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio.
8- Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a. Se está abaixo desse nível, peça ajuda.
9- Não faça viagens de remorsos. Viaje para o Shopping, para a cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens ao passado.
10- Diga a quem você ama que você realmente o ama, em todas as oportunidades.
E LEMBRE-SE SEMPRE QUE: A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego... de tanto rir...de surpresa...de êxtase...de felicidade!!!
(autor anônimo)


Quando lí este texto me emocionei muito. Minha mãe era essa pessoa. Sempre bem arrumada, sempre com ótimo astral, até na doença que a levou de nós. Nunca dizia que não estava bem ao atender o telefone...dizia que puxava energias ruins, falava que estava tudo bem, mas ela estava no fim de sua jornada. Foi valente até o fim de seus dias. Aproveitou tudo que depositou na sua conta. Foi para o hospital de cabeça erguida e ao despedir-se da minha filha mais velha, esta , sem explicação, deu-lhe um beijo e um abraço e disse: - Vó, nunca mais vou te ver. Foi terrível para todos que ouviram, mas ela sabiamente disse à neta que talvez voltasse! Infelizmente, não voltou. A saudade sempre dói muito, mas aprendi com ela que a vida só pode ser bem vivida se estivermos alegres e felizes com o que conseguimos conquistar. Ela na sua sabedoria e humildade deu um belíssimo exemplo aos filhos e aos amigos. A sua vaidade me comoveu, quando em coma, ela ajeitava os cabelos, num gesto automático, é claro, mas que nunca foi esquecido. Acho que não viveu em vão, pois deixou um legado que foi: ser feiz com pouco, sem reclamar, essa era minha linda mãe.
Felizmente ela não teve que ir para a casa de repouso, mas minha irmã teve um AVC e passou quase 8 anos numa dessas casas que não são nem um pouco recomendáveis . Na verdade, são depósitos de idosos. Não tivemos outra opção. Porém, estive com ela até o fim, nunca a vi reclamar , era só alegria quando eu e minha filha Luciana chegávamos. Foi a experiência pior da minha vida. Morrer faz parte, mas aos poucos dói demais.
Sei que nesta época essas dores doem mais já que estamos mais felizes e elas fazem muita falta, além do resto da família que já partiu. A todos quero deixar a minha homenagem de amor eterno até que um dia, quem sabe, nos reencontremos!
Pensem sempre: A VIDA É CURTA PARA SER PEQUENA!!!!! Aproveitem o que puderem e vivam felizes!

Mamãe e papai comemorando aniversário de casamento

Eu e mamãe no dia seguinte do meu noivado.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

NATAL INFORMÁTICO


Desejo a todos que frequentam este blog o melhor Natal. Cheio de paz, saúde e muita alegria.


A mensagem não poderia ser de outra maneira, pois somos fruto deste mundo da informática!!!!!


Dê um CLIQUE DUPLO neste Natal!
ARRASTE Deus para seu DIRETÓRIO PRINCIPAL.
SALVE-O em todos OS SEUS ARQUIVOS PESSOAIS.
SELECIONE-O como seu DOCUMENTO MESTRE.
Que Ele seja seu MODELO para FORMATAR sua vida:
JUSTIFIQUE-a e ALINHE-a À DIREITA e À ESQUERDA,
sem QUEBRAS na sua caminhada.
Que Deus não seja apenas um ÍCONE, um ACESSÓRIO,
uma FERRAMENTA, um RODAPÉ, mas o CABEÇALHO,
a LETRA CAPITULAR, a BARRA DE ROLAGEM de seu
caminhar. Que Ele seja a FONTE da graça para sua
ÁREA DE TRABALHO, o PAINTBRUSH para COLORIR
seu sorriso, a CONFIGURAÇÃO de sua simpatia, a
NOVA JANELA para VISUALIZAR o TAMANHO de seu
amor, o PAINEL DE CONTROLE, para CANCELAR seus
RECUOS, COMPARTILHAR seus RECURSOS e
ACESSAR o coração de suas amizades.
COPIE tudo que é bom, DELETE seus ERROS.
Não deixe à MARGEM ninguém, ABRA as BORDAS de
seu coração, REMOVA dele o VÍRUS do egoísmo.
Antes de FECHAR, coloque Deus nos seus FAVORITOS
e seu NATAL será o ATALHO de sua felicidade!
CLIQUE agora em OK para ATUALIZAR seus CONTEÚDOS!


FELIZ NATAL!!!!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Mensagem de Chico Xavier

“Que Deus não permita:
Que eu perca o ROMANTISMO, mesmo sabendo que as rosas não falam;
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre;
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é , em muitos momentos, dolorosa;
Que eu não perca a VONTADE DE TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que com as voltas do mundo , eles acabam indo embora de nossas vidas;
Que eu não perca a VONTADE DE AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda;
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia;
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim;
Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão meus olhos;
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente poderosos;
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas;
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado posso ser eu;
Que eu não perca MEU FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos;
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma;
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigirá esforços incríveis para manter sua harmonia;
Que eu não perca a vontade de DOAR, este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será subestimado e até rejeitado;
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno.
Mas, acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça de que Deus me ama infinitamente , de que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois a VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR."
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domingo, 30 de novembro de 2008

Música é vida!







Este Post é uma homenagem à amiga Nina Sena, pelo seu amor pela música.

Nesta vida existem muitas coisas especiais. Uma delas é a música.
A música deveria fazer parte de todos os momentos de nosso dia a dia.
Ela tem o dom de encantar nossos sonhos, de abrir portas para a imaginação e de fazer com que a nossa vida fique mais doce e harmoniosa.
Tudo isto ocorre pois a música é uma obra celestial, porém interpretada pelos seres humanos. O cosmo envia e nós aqui na Terra traduzimos.
Se todos nós comprendêssemos a grande virtude que a música opera em nossa mentes, daríamos mais espaço para a compreensão entre os povos e com isto, teríamos um mundo bem melhor. Mais musical!!!
Assim, enriqueça o mundo com muitas músicas ao vento, falando da vida, da felicidade, do amor e da paixão de viver!
Lembre-se que a vida é uma grande festa. E uma grande festa só começa com uma boa música.
Por isso, vamos cantar...dançar e tocar muitas músicas!!!!!!!
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

27 de novembro -Dia de Ação de Graças

Hoje é dia de agradecer um pouco mais. Coloquei esse texto para reflexão e a prece para agradecer.

Expressar gratidão não é um costume muito difundido entre nós.
Quando temos saúde, quando conseguimos superar as dificuldades e os problemas, em geral, apenas não Reclamamos!
Reconhecer as coisas boas que nos acontecem pode ser um estímulo para vivermos cada vez melhor.
Quem tem fé agradece a Deus e aos irmãos.
E todos, independente de fé, podemos fazer o Dia de Ação de Graças, um dia de saborearmos nossas conquistas e agradecer a Deus.

Prece

Pelo amor
Pela fraternidade,
Pela partilha
Que geram vida.

Pela luta,
Pela esperança,
Que nos leva, a sonhar.

Pelas pedras no caminho
Que nos ensinam a levantar.
Pela lágrima que se transforma em prece

Alegria,
Pelas bençãos,
Volta teu olhar a Deus
E agradece!

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

NÃO É COMIGO!!!


Vejam quanta verdade há neste texto, principalmente nas casas em que pessoas vivem juntas e...

Esta é uma história sobre quatro pessoas:


TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM.
Havia um importante trabalho a ser feito, e TODO MUNDO tinha certeza de que ALGUÉM o faria.
QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM o fez.
ALGUÉM, zangou-se porque era um trabalho de TODO MUNDO.
TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazê-lo, mas NINGUÉM imaginou que TODO MUNDO deixasse de fazê-lo.
Ao final, TODO MUNDO culpou ALGUÉM quando NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito.


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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Invisível

Recebi este texto e fiquei encantada de ver como quem o escreveu descreve bem o que os idosos verdadeiramente sentem. Sou diplomada em idosos da minha família, além de trabalhar como voluntária em uma casa de idosos uma vez por semana e sempre ouvir seus problemas, tristezas e abandono. Sem dúvida, velhice é uma fase terrível, pois além de invisível o idoso também tem que lidar com a finitude e nem sempre são compreendidos. Ao ler este texto relembrei muito dos meus familiares que já se foram e, quem sabe, alguns também não se sentiram invisíveis e nem percebemos . Reflitam sobre o texto e cuidem bem dos seus idosos.


"Já não sei em que dia estamos.
Lá em casa não há calendários, e na minha memória as datas estão todas misturadas.
Recordo-me daquelas folhas grandes, uns primores, ilustradas com imagens dos santos que colocávamos ao lado do toucador. Já não há nada disso.
Todas as coisas antigas foram desaparecendo.
E, sem que ninguém desse por isso, eu também fui me apagando...
Primeiro, mudaram-me de quarto, pois a família cresceu.
Depois, passaram-me para outro menor ainda, com a companhia das minhas bisnetas.
Agora, ocupo um cubículo, que fica anexo da moradia.
Prometeram-me substituir o vidro da janela, mas se esqueceram, e todas as noites, entra por lá um ar gelado que aumenta as minhas dores reumáticas.
Mas tudo bem...
Desde há muito tempo que tinha intenção de escrever , porém passava semanas à procura de um lápis . E quando o encontrava, voltava a esquecer onde o tinha posto.
Na minha idade, todas as coisas se perdem facilmente. É claro que não é uma doença delas, das coisas, porque estou certa que as tenho, elas é que desaparecem.
Uma tarde destas, dei-me conta de que minha voz também tinha desaparecido.
Quando falo com os meus netos ou com meus filhos, eles não me respondem.
Todos falam sem me olhar, como se eu não estivesse ali, ouvindo atenta o que dizem.
Às vezes, intervenho na conversação, certa de que o que vou dizer não lhes ocorrera e que poderá ser-lhes muito útil.
Porém, não me ouvem, não me olham, não me respondem.
Então, cheia de tristeza retiro-me para o meu canto e vou beber uma xícara de chá.
Faço assim, de propósito, para que percebam que estou aborrecida, para que compreendam que me entristecem, venham buscar-me e me peçam perdão...
Porém, ninguém vem...
Quando o meu genro ficou doente, pensei ter uma oportunidade de ser-lhe útil, e levei-lhe um chá especial que eu mesma preparei.
Coloquei-o na mesinha e sentei-me, à espera de que ele tomasse. Só que ele estava vendo televisão, e nem um só movimento me indicou que se dera conta da minha presença a seu lado.
O chá pouco a pouco esfriou, e com ele , também meu coração...
Então, um dia destes disse-lhes que quando eu morresse, todos iriam arrepender-se.
O meu neto mais novo disse:
- “Ainda estás viva, vovó?”
Acharam todos tanta graça , que nem paravam de rir.
Chorei três dias no meu quarto, até que uma manhã, entrou um dos rapazes para ir buscar um skate.
Nem o bom-dia me deu.
Foi então que me convenci de que sou invisível...
Uma vez , parei no meio da sala, para ver se me tornando um estorvo, reparavam em mim.
Porém, minha filha continuou a varrer à minha volta, sem me tocar, enquanto os meninos corriam de um lado para o outro, sem tropeçar em mim.
Um dia os meninos , agitados, vieram me dizer que no dia seguinte iríamos passar um dia no campo.
Fiquei muito contente. Havia tanto tempo que não saía, e mais ainda, não ia ao campo.
Neste sábado, fui a primeira a me levantar. Quis arrumar as minhas coisas com calma. Nós, os velhos, demoramos muito a fazer qualquer coisa, e assim, adiantei o meu tempo para não nos atrasarmos.
Muito apressados, todos entravam e saiam de casa a correr, e levavam as bolsas e os brinquedos para o carro.
Eu estava pronta, e muito alegre, permaneci no meu cubículo à espera deles.
Quando me dei conta, eles já tinham partido, e o automóvel arrancou envolto em algazarra. Compreendi então, que não tinha sido convidada.
Talvez não coubesse no carro...
... ou, se calhar, porque os meus passos lentos impediriam que todos caminhassem a seu gosto pelo bosque.
Naquela hora, o meu coração encolheu e a minha cara tremeu como quando a gente tem que engolir a vontade de chorar.
Eu os percebo.
Eles têm o mundo deles.
Riem, gritam, sonham, choram, se abraçam, se beijam.
E eu, já nem sei qual o gosto de um beijo.
Dantes, beijava os pequeninos, e era um prazer enorme tê-los nos meus braços, como se fossem meus. Sentia sua pele macia e a sua respiração doce, bem perto de mim. A sua vida nova dava-me alento, e até me dava vontade de cantar canções de que nunca pensara me lembrar ainda.
Mas um dia, a minha neta, que acabara de ser mãe, disse-me que não era bom que os anciãos beijassem os bebês. Por uma questão de saúde...
Desde então não me aproximo deles. Não quero transmitir-lhes nada de mau, devido à minha imprudência. Tenho tanto medo de contagiá-los!
Eu os perdôo a todos.
Porque...que culpa eles têm, que eu tenha me tornado Invisível!!!!!?????”
(autor desconhecido)

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Aniversário de Cecília Meireles

Photobucket

Além de homenagear a autora , quero dedicar este post à minha filha Luciana que declamou estes versos lindamente na peça teatral "Ou isto ou aquilo" no ano de 1990.

Este é um dos mais belos e importantes livros de poesia para crianças, nascido da sensibilidade de Cecília Meireles.

O Último Andar

No último andar é mais bonito:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.

O último andar é muito longe:
custa-se muito a chegar.
Mas é lá que eu quero morar.

Todo o céu fica a noite inteira
sobre o último andar.
É lá que eu quero morar.

Quando faz lua, no terraço
fica todo o luar.
É lá que eu quero morar.

Os passarinhos lá se escondem,
para ninguém os maltratar:
no último andar.

De lá se avista o mundo inteiro:
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar:

No último andar.

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Ou Isto ou Aquilo

Ou se tem chuva e não tem sol,
ou se tem sol e não tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

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sábado, 1 de novembro de 2008

Outros Olhos


No fundo de cada cabeça devem existir outros olhos, uns olhos que enxergam para dentro, e provavelmente são eles que vêem as imaginações, as reminiscências, os sonhos, as idéias, as doidices que a gente pensa.
Enquanto os olhos que olham para fora se limitam a contemplar o que está na frente deles, esses tais olhos de dentro ora vêem o que querem, ora o que a gente quer ver.
Às vezes eles são obedientes. Noutras são muito teimosos. Quase sempre são criativos. De vez em quando são sensíveis. São imprevisíveis, os olhos de dentro.
Em caso de necessidade, são capazes de reproduzir fielmente as imagens que os de fora já viram, o que é chamado vulgarmente de lembrança, fenômeno fácil de ser compreendido.
É feito foto, filme, computador. Deve estar tudo registrado em alguma parte da memória.
O mais difícil de entender é como eles conseguem inventar coisas que os olhos de fora nunca viram:
Acontecimentos que não aconteceram.
Momentos que jamais passaram.
Situações completamente estapafúrdias.
Condições imaginárias.
Suposições.
Tragédias.
Finais felizes.
Sinais.
Hipóteses.
Subterfúgios.
Absurdos.
Desejos.
Aquilo que não existe, ou não é visível, ou ainda não foi descoberto, o que já foi embora, tudo o que está no brejo, o que está sempre no escuro, soterrado, escondido, após, por trás, o microscópico, a conjetura, o que foi arrancado, o que não foi aberto.
Brincar com os olhos de dentro pode ser engraçado.
É só imaginar o que quiser, por mais maluco que seja, e podem acontecer laranjas azuis – sóis sem luz – duas luas no céu – uma tartaruga veloz – uma fuga, um refúgio, um lugar – outro valor para “Pi” – paz aqui no planeta – cometas, estrelas cadentes, beijos noturnos, mil e uma viagens – paisagens à vontade do freguês – um Saturno sem anéis, uma ilha encantada, uma cidade tranqüila, uma casinha na floresta – festas de chuva no sertão – um patrão mão-aberta (ou qualquer outra pessoa inventada).
Quem manda nos olhos de dentro?
Será um Deus?
Um louco?
Um desenhista?
Um escritor?
Um diretor de cinema?
Será o desejo da gente?
Há quem diga que é o inconsciente.
Há quem pense que é o por acaso.
Eu não sei o que pensar.
Mando meus olhos de dentro pensarem sozinhos e lá se vão eles inventando caminhos.
Deixo o agora para trás.
Olho só para depois.
Encontro um farol.
Sofro uma alucinação?
Tanto faz.
Faço uma poesia, então, e imagino um país.
Vejo a gente feliz num dia de sol.
Tem hora que o melhor que se pode fazer é ver as coisas com outros olhos.
(autor desconhecido)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Nosso Folclore



Resolvi participar da blogagem coletiva , mas não para falar mal da festa de Halloween, pois nós do hemisfério sul deveríamos ter nosso dia das bruxas em maio no solstício deste hemisfério.
Infelizmente, somos ainda colonizados e esta festa , apareceu com mais força entre nós trazida pelos cursos de inglês.
Porém, agora, no dia 31 de outubro, foi criado o dia do Saci, nosso mais conhecido personagem do folclore brasileiro.
No Brasil, o dia do folclore é comemorado dia 22 de agosto com festas e eventos em todas as cidades que ainda continuam valorizando nossas músicas, danças e lendas.
Algumas lendas são bem conhecidas, como: Saci- Pererê, Boitatá, Mula sem cabeça, Curupira, Negrinho do Pastoreio e muitas outras.
As Cantigas de Roda e as Danças também são representativas e fazem parte das festas e comemorações do dia do folclore em cada canto do nosso Brasil.
No dia 02 de julho coloquei um post neste blog: “Que tal lembrar das lendas?”, onde falo um pouquinho sobre algumas.
Não é preciso acabar e nem renegar o Halloween, o que é preciso é dar valor ao que é nosso!


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A poesia do dia 27. "Janelas da alma"


Palavras o vento leva,
Sorrisos o tempo apaga,
Promessas se vão com a maré,
A boca fala, cala,
Fala de novo,
Mas será que tudo vem do coração?
Sei não!
Muitas vezes,
mesmo sem querer mentir,
Falamos aquilo
que gostaríamos de sentir...
Porém no rosto,
Temos janelas iluminadas,
Que queiramos ou não,
Denunciam a mais leve,
A mais profunda emoção.
Janelas que desnudam
nossos sentimentos,
Que nos traem revelando
Mesmo aquilo que teimamos esconder.
São janelas sem cortinas,
sem black-out,
Sem persianas,
Janelas que trazem o mundo
para dentro de nós
E que em troca expõem o nosso mundo
Para todo mundo ver.
Janelas da alma,
São os nossos olhos,
Documentos lavrados
no cartório do coração,
Reconhecidamente fiéis
aos nossos sonhos
E desejos.
Palavras se vão...
Promessas são vãs...
Mas o brilho dos olhos nossos,
Não se irão nunca...

(Plínio Sgarbi)


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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A gente se acostuma!!!!


Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos
e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir as cortinas.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado,
porque está na hora de tomar café correndo por estar atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não se pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduiche porque não dá para almoçar
A sair do trabalho quando já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A gente se acostuma a pagar tudo o que deseja e o que necessita,
e a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais
E a procurar mais trabalho para ganhar mais dinheiro,
para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas , de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
Às balas perdidas na rua ou nas casas.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber,
Vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce o pescoço.
Se o trabalho está duro, a gente se consolça pensando no fim de semana
E, se no fim de semana não há muito o que fazer...
a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito pois tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma a não se ralar na aspereza , para preservar a pele
Se acostuma a poupar a vida fugindo de assaltos no trânsito
A gente se acostuma a tudo isso para poupar a vida que aos poucos se gasta
E que se gasta de tanto se acostumar, e se perder em si mesma!
(autor desconhecido)
Procure não se acostumar, pois a vida é preciosa e passa muito depressa!!!!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ORAÇÃO DO SÉCULO XXI



Senhor fazei de mim, um meio da Tua comunicação!
Onde tantos jogam bombas de destruição...
Que eu leve a palavra de união.
Onde tantos procuram ser servidos...
Que eu leve a alegria de servir.
Onde tantos fecham a mão para bater...
Que eu abra o coração para acolher.
Onde tantos adoram a máquina...
Que eu saiba venerar o homem.
Onde tantos endeusam a técnica...
Que eu saiba humanizar as pessoas.
Onde a vida perdeu o sentido...
Que eu leve o sentido de viver.
Onde tantos me pedem um peixe...
Que eu saiba ensinar a pescar.
Onde tantos me pedem um pão...
Que eu saiba ensinar a plantar.
Onde tantos estão sempre distantes...
Que eu seja alguém sempre presente.
Onde tantos sofrem a solidão na multidão...
Que eu leve o encontro com alguém.
Onde tantos só vivem a matéria que passa...
Que eu viva o espírito que fica.
Onde tantos só olham para a Terra...
Que eu saiba olhar para o Céu!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Blog Action Day 2008 - Pobreza

Definições do Dicionário Aurélio:
Pobre - que não tem o necessário à vida, sem dinheiro ou meios.
Pobreza - estado ou qualidade de pobre.

Para mim, a pobreza e a desigualdade social são conhecidas desde a Antiguidade. Hoje, só aumentaram os índices.
Uma das causas deste terrível aumento da pobreza é, sem dúvida, o aumento da população da periferia e das favelas, que crescem indiscriminadamente. Resultado certo: onde morava um casal, no futuro estarão os filhos e os netos, e nada no local foi modificado ou melhorado. As condições só tendem a ficar mais precárias com tantas pessoas “amontoadas”.
Não consigo acreditar em mudanças.
A cada dia que nasce uma criança nestes núcleos pobres é, certamente, uma boca para alimentar, acabado o aleitamento, é mais um que vai ficar perdido sem condição de sobrevivência, na rua, vendendo balas ou fazendo malabares em frente aos carros nos sinais. Isso quando não enveredam para o mundo das drogas e do crime.
O que precisa mudar é a forma de política para enfrentar essa situação, começando pela saúde e educação, que são absolutamente precárias.
Pobre e pobreza são palavras feias, porém estão em toda parte do planeta neste início de século!
Acho que todo o mundo já se acostumou com a miséria humana e não se impressiona mais ao ver os pobres em frente aos hospitais, dias inteiros sem atendimento, e as crianças na rua, já que não têm escola.
Não tenho vergonha de dizer que fui pobre, pelo contrário, aprendi com essa condição a dar valor a tudo que tenho hoje e pude passar ótimos ensinamentos a minhas filhas. Ser pobre não é vergonha, mas sim uma condição imposta pelas dificuldades da vida. Lembro bem o que é ter o ano inteiro um par de sapato para ir à escola e no final do ano a sola era só buraco. Meu pai, então, colocava jornal na palmilha e eu continuava a usá-lo. Nunca me desesperei ao conviver com colegas de posses. Pensava que um dia tudo ia melhorar. Não havia alternativa! Aprendi muito com os moradores de um morro, perto de onde eu morava, eram outros tempos, eles eram organizados, a escola era viável e as crianças estudavam. Os hospitais cuidavam dos doentes. Eu conseguia enxergar que existiam pessoas que tinham menos que nós, até porque meu pai, mesmo sem posses, sempre oferecia um pão ou comida aos que pediam no nosso portão. Era a lei da sobrevivência .
Por que tudo isso acabou? O que há de tão errado neste novo tempo?
Nem precisamos ir longe, como para a Etiópia, a Somália e outros países que vivem na mais absoluta pobreza. O nosso país está bem necessitado e é nele que temos que investir.
Principalmente, na pobreza de espírito do povo e dos governantes.
Lí há pouco tempo um texto onde estava escrito: “O que podemos fazer efetivamente de concreto pelos pobres pode resumir-se em três palavras: amá-los, tratá-los com dignidade e socorrê-los”.
Lindo, mas isso será possível? Tento acreditar, pelo menos tento.
Esta deveria ser a meta priorizada pelo governo, mas falar é sempre fácil, difícil é começar mudanças, mas mudanças efetivas que possam ser sentidas pela população mais necessitada. Será que ainda vamos poder ver o fim da Pobreza???


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terça-feira, 7 de outubro de 2008

A idade pesa?????


Como trabalho com idosos e tive muitos idosos na família, resolvi entrevistar várias mulheres, sobre suas vidas, todas foram muito acessíveis e divertidas nas suas respostas, mas só vou mostrar as respostas de duas. São super lúcidas e muito modernas para a idade. Uma tem 93 anos e a outra 86. Meu objetivo é mostrar que chegar a idade avançada exige um grande aprendizado e também uma grande vontade de continuar a jornada. Claro, que entre os idosos, há aqueles que, infelizmente não têm mais capacidade de lembrar e sentem-se meio fora do lugar. Alguns, onde trabalho, muitas vezes, nem querem participar da nossa oficina de Contador de História, dizendo-se cansado. Temos que ser , eu e minha companheira de trabalho, persuasivas e tentar levá-los para a sala com palavras alegres e muito carinho. Brinco muito com eles e, no início da aula, sempre peço silêncio com um grito igual a girafa do anúncio: “Alôooooo!!!!” eles adoram e quando esqueço, me lembram. Saio de lá sempre renovada e feliz. Espero que todas as pessoas que tiverem um tempo disponível, sejam voluntárias, mas com dedicação, o que se recebe em troca é fantástico. Além de ter família de idosos, também tive o privilégio de ainda jovem, fazer um curso com o professor Mira y Lopes, no ISOPE, quando ele acabava de escrever um livro maravilhoso sobre ser idoso com dignidade, “A arte de envelhecer”,( acredito que esteja esgotado). Mas existem muitos livros sobre esse assunto que devem ser lidos, não só pelos que trabalham com eles, mas, para que possamos aprender e aceitar a velhice ou ser idoso!
As duas entrevistadas não serão identificadas pelos nomes e, sim, por a a mais velha e b a mais nova. Uma é viúva e a outra separada há muitos anos. Muitas outras responderam, mas estas foram escolhidas ao acaso.
Sempre a primeira resposta será da mais velha.
1- Qual o primeiro sinal de envelhecimento que você não gostou?
a- comecei a notar minhas rugas cada vez mais fundas.
b- meu corpo começou a despencar.
2- O que você começou a fazer daí em diante?
a- me conformar que cheguei na quarta idade e aproveitar o que sobra.
b- Como não sou vaidosa deixei cair!
3- Como você se vê ao se olhar no espelho?
a- sem problemas
b- não olho muito para o espelho hoje em dia.
4- Como é o seu dia a dia?
a- passeio, faço ginástica, viajo quando posso.
b- arrumo a casa, costuro, bordo e vejo tv.
5-Você gosta de participar de grupos de idosos?
a- sim, sou de um clube de idosos e gosto muito.
b- sim ,sou de uma casa de idosos.
6-Como se relaciona com os mais jovens?
a- procuro aprender sempre com meus netos e bisnetos.
b- gosto muito de jovens e me dou bem com eles, os que me respeitam.
7- Como se relaciona com sua família?
a- muito bem, desde que ninguém se meta comigo.
b- acho que a família é muito importante e é ela que me dá carinho.
8- Quais são os seus medos e preocupações?
a- são muitos medos, o mundo está um horror.
b- medo de violência comigo e com os meus e preocupação com meu futuro.
9- O que te faz recordar o passado?
a- não fico vivendo de lembranças, não dá mais para voltar!
b- não sou saudosista, só lembro do que valeu viver.
10-Sua memória como está?
a- até que está boa, leio muito e vejo muitos filmes na tv
b- meio esquecida, mas procuro ler muito.
11- Você é ranzinza e resmungona ou alegre e feliz?
a- sou quase sempre alegre e feliz. De vez em quando resmungo um pouquinho.
b- costumo ser mais alegre do que triste e ranzinza.
12- O que você pensa sobre a morte?
a- espero que me deixe mais um tempo por aqui.
b- acho que é a única certeza que temos.
13- Qual o seu divertimento favorito?
a- viajar e ir ao cinema.
b- jogar buraco e passear.
14- Você sabe usar o computador?
a- estou tentando me dar bem com um. Minha filha me ensina.
b- não gosto muito da modernidade.
15-Tem alguma mania ou hobby?
a- gosto de guardar coisas.
b- não
16- Tem amigos?
a- muitos, graças a Deus eles são muito importantes.
b-poucos, mas valorosos
17- O que mais gosta de fazer?
a- viajar e passear, ficar em casa é entediante.
b-jogar buraco e costurar
18- Pratica algum exercício físico?
a- faço Yoga
b- danço em casa sozinha
19- Como se sente ao ver fotos do passado?
a- triste , pois era tão jovem!!!
b- feliz , pois vivi aquele tempo e ainda estou aqui.
20 – O que está faltando para o idoso?
a- tudo, principalmente respeito.
b- acho que poder ser mais valorizado.
21- Costuma dar conselhos aos mais novos?
a- não, pois não gosto de recebê-los.
b- só se me pedirem, mas procuro não me envolver.
22- Qual a sua maior vaidade?
a- me vestir bem e estar sempre bem penteada.
b- acho que não tenho nenhuma especial.
23- O que a faria voltar à juventude?
a- um grande amor.
b- nada, estou feliz .
24- O sexo foi importante na sua vida?
a- demais, sem ele não teria meus filhos.
b- foi bom enquanto durou.
25-Você é feliz.
a- muito , só espero não dar trabalho para a família.
b- procuro ser, às vezes não dá, mas vou levando.

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sábado, 4 de outubro de 2008

Selo para Mingau



Ganhei este selo da Soninha, mas o que me deixou feliz foi o motivo do selo. Para todos os que não maltratam os animais. Isso é absolutamente especial, pois eles são carinhosos e amorosos. Este é para o Mingau que por coincidência fez ontem 3 anos. Obrigada de coração e dedico também este selo para os que amam esses seres maravilhosos. Peguem sem cerimônia.
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Mais um selo. Este, internacional!!!


Ganhei este lindo selo da minha filha Tânia, amei!!!
Esse selo também tem suas regrinhas:
1) Eleger 5 blogs merecedores deste prêmio por sua criatividade, desenho, material interessante e que contribua à comunidade blogueira, sem importar seu idioma.
2) Cada indicação de prêmio deve apresentar autoria e link de cada blog, para que todos o visitem.
3) Cada premiado deve exibir o prêmio e colocar o nome e link do blog de quem o premiou.
4) Premiado e premiador devem exibir o link Arte y Pico, para que todos saibam a origem deste prêmio.
5) Exibir estas regras.



Minhas indicações são:
Márcia do Dia a Dia
Flávia do O Começo do Recomeço
Raquel do Fábrica de Moda
Mônica do Inventadeira de Moda
Ita do Bicho da Seda

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mandalas, uma forma de felicidade!


Este post é sobre um tema que ainda não escrevi e que faz parte da minha história.
Quando eu era jovem, adorava desenhar e a professora sempre mandava a turma desenhar “rosáceas”. Eu gostava tanto que fazia para toda a turma. Quando as criava e pintava me sentia super bem, feliz.
Passou o tempo e , fazendo um curso de psicologia, o professor começou a falar em Jung e em mandalas. De repente, começou a mostrar as figuras de mandalas. Fiquei impressionada, pois alí estavam minhas rosáceas de adolescente e eu nem sabia como chamavam. Daquele momento em diante fui pesquisar sobre as mandalas e descobri a sua importância. Fiquei absolutamente encantada com as formas e o bem que um desenho podia proporcionar. Me tornei um discípula de Jung, até porque fui conhecer sua vasta obra e os benefícios da terapia das mandalas.
Dois textos são bem importantes para os que não conhecem tornarem-se interessados e se beneficiarem desses desenhos.
Primeiro vou falar sobre o que são mandalas, em um pequeno texto. A seguir tem um texto mais explicativo . Além de tentar mostrar os benefícios desta “brincadeira” diária. Sejam bem-vindos ao mundo das mandalas. Aproveitem!!!
O que são Mandalas

“Ao olhar uma mandala vemos um desenho circular, que contém em seu interior formas variadas. No centro desse desnho há uma área da qual tudo parece ter sido gerado.
O nome mandala faz pensar em energia, algo misterioso, o que provoca uma atração universal pelas mandalas. Como no passado, hoje todos querem saber o que é, realmente, uma mandala.
Uma Mandala represente uma célula, um disco solar ou lunar, um espaço que lembra o povo primitivo ao redor de uma fogueira. É impossível dizer o que inspirou a criação da primeira mandala, mas é certo que encontramos mandalas já nos primórdios da evolução humana, pois há desenhos de mandalas nas cavernas pré-históricas, ainda que bastante simplificadas.
Ao analisar uma mandala , encontramos alguns elementos comuns a todas. A forma circular é uma regra. O ponto central é outro elemento sempre presente. A repetição ou simetria das formas que constituem o desnho é uma constante..” (Celina Fioravante)

MANDALAS

A Palavra sânscrita MANDALA significa “círculo” no sentido habitual da palavra. No âmbito dos costumes religiosos e na psicologia, designa imagens circulares que são desenhadas, pintadas, configuradas plasticamente ou dançadas.
Configurações plásticas deste tipo são encontradas no Budismo Tibetano e, como figuras circulares de dança, ocorrem nos mosteiros dos derviches. Como fenômeno psicológico aparecem espontaneamente em sonhos, em certos estados conflitivos e na esquizofrenia.
Freqüentemente contêm uma quaternidade ou múltiplo de quatro, sob a forma de cruz ou estrela, ou ainda um quadrado, octógono, etc.
As MANDALAS são representadas de diversas maneiras de acordo com as exigências rituais ou grau de iniciação e orientação da seita que ela representa.
Há muitas variações do tema , mas todas se baseiam na quadratura do círculo.
Seu tema básico é o pressentimento de um centro da personalidade, por assim dizer um lugar central no interior da alma, com o qual tudo se relaciona e que ordena todas as coisas, representando ao mesmo tempo uma fonte de energia. A energia do ponto central manifesta-se na compulsão e ímpeto irresistíveis de tornar-se o que é , tal como todo organismo é compelido a assumir aproximadamente a forma que lhe é essencialmente própria.
Este centro não é pensado como sendo o Eu, mas se assim se pode dizer, como o Si-mesmo.
A literatura lamaica dá prescrições sobre como deve ser pintado um círculo desse tipo e como utilizá-lo, mas os psicanalistas modernos e os adeptos da Ioga, têm trabalhado com pintura de Mandalas, com objetivo de acalmar e conhecer, através das cores o que a figura representa para quem pintou.
Pintar Mandalas é altamente tranqüilizante. Devemos estar sozinhos, se puder, ouvindo um mantra e deixar nossa imaginação fluir para escolher as cores que serão usadas.
É importante também que ao acabar de pintar uma Mandala tentemos escrever sobre o que sentimos e pensamos naquele momento, isso após nosso desligamento do trabalho.
MANDALAS

Colorir MANDALAS, ajuda a superar problemas

Quinze minutos diários de trabalho com elas, ajuda a sair da depressão e equilibrar-se emocionalmente.
Mandalas, são figuras em forma de círculo. Podem conter também, Triângulos, Quadrados, Linhas ou outros elementos arranjados de tal forma que a visão sempre focalize o Centro, simbolizando o conceito de que Deus é origem de tudo.
Seu desenho, forma um campo energético que atua nas pessoas, produzindo diversos efeitos.
“Se você ficar olhando uma delas, sua energia será modificada mesmo que não deseje conscientemente que isso aconteça”.
Quando estamos pintando uma figura de Mandala não é necessário que seja escolhida uma cor ou cores, devemos deixar fluir nossa imaginação e ir pintando, seja com lápis de cera ou de cor, guache, hidrocor , tudo é válido . As cores têm energia e potencializam o efeito da Mandala. A própria pessoa ao escolher as cores , já está escolhendo a energia de que precisa.
Após pintar, deve-se colocá-las num lugar visível para serem observadas. Elas não foram feitas para serem guardadas em gavetas. Pode-se olhar fixamente para a figura por alguns minutos todos os dias, como numa meditação e mentalizar o objetivo desejado.
Muitas vezes a dinâmica das Mandalas é a melhor terapia para as pessoas que, de tão abaladas mental ou emocionalmente, não conseguem se concentrar em outros tratamentos ou dinâmicas.

Como trabalhar com as Mandalas:
1- Escolha as que mais lhe agradem e tire várias xerox. (ampliadas)
2- Escolha um local e horário tranqüilos, em que você não deve ser incomodado
3- Pinte uma Mandala de cada vez, do começo ao fim, a cada dia.
Guarde-a em pastas ou pendure em lugar visível para efeito de comparação futura do tratamento.

Efeitos das Mandalas:
1- EQUILÍBRIO- os dois triângulos no centro da figura trazem harmonia e centralizam o self dos que estão sem rumo.
2- LONGEVIDADE- prolongar a vida e fortalecer a saúde, é o objetivo da Mandala, segundo os Hindus
3- REALIZAÇÕES- os Hindus utilizam a Mandala para realizar seus desejos. Ao pintá-la deve-se dizer-se as palavras KRISHNA DHARANA YANTRA.
4- PROTEÇÃO- na Índia, a Mandala é utilizada para fortalecer a pessoa que precisa enfrentar adversidades e inimigos. Também ajuda a mudar os aspectos negativos do destino.
5- BOA-SORTE- A Mandala serve para tirar o medo , auxilia na cura de doenças e também, atrai fama e fortuna.
6- CONCRETIZAÇÃO DE PROJETOS- Mandala da representação das fases da Lua. Utilizada para auxiliar na realizção de objetivos. Inicie sua pintura na época da Lua Nova.


Todas essas mandalas foram pintadas por mim e as de cima estão em molduras de vidro.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Manifesto Livro na Mão


Encontrei este manifesto no blog da Nina, mas ela o encontrou no blog da Mônica Loureiro

"Ao sair de casa, perguntem-se: com que livro eu vou hoje? Nem que seja somente para fazer companhia. Para estar perto dele. Mas anseie por uma conseqüência. Provoque inveja. Abra-o em público. Levante a capa, para que o título apareça. Dê sorrisos. Suspiros. Na hora de pagar a conta no caixa, deixe ele por cima da mesinha, para que o cobrador e o que está atrás de você na fila vejam qual é. No metrô, tente ficar em pé, mais gente vai poder ler. Ande com ele. Deixe-o escorregar de vez em quando, vai chamar a atenção do mais desligado. Trombe com as pessoas. Ofereça, se alguém demonstrar interesse! Porque Chique é ser inteligente!

Acrescento que chique é ler muito e tudo que lhe caia às mãos. Não desperdicem tempo com futilidades, ler é o melhor remédio para todos os males!!! Leiam muito.

Cris Rogério idealizadora do movimento livro na mão)

domingo, 21 de setembro de 2008

Pelo dia da Paz - 21 de setembro


Hoje é o dia da Paz, mas resolvi colocar um lindo texto do inesquecível Chico Xavier, pois o texto representa o que acho mais importante para que a Paz aconteça. Todos nós temos que primeiro lutar pela Paz íntima, como ele tão bem escreveu.

PAZ ÍNTIMA
Guarda sempre a confiança em Deus e em ti mesmo.
A consciência tranqüila, o tempo ocupado no melhor a fazer.
A palavra construtiva,
A oração com trabalho,
A esperança em serviço,
A paciência operosa,
A opinião desapaixonada,
A benção da compreensão,
A participação no progresso de todos,
A atitude compassiva,
A verdade iluminada de amor,
O esquecimento do mal,
A fidelidade aos compromissos assumidos,
O perdão incondicional das ofensas,
O devotamento ao estudo,
O gesto da simpatia,
O sorriso de encorajamento,
O auxílio espontâneo ao próximo,
A simplicidade nos hábitos,
O espírito de renovação,
O culto da tolerância,
A coragem de olvidar-se para servir,
A perseverança do bem.
Conservemos semelhantes traços pessoais, na experiência do dia a dia,
E adquiriremos a ciência da PAZ ÍNTIMA com o privilégio de encontrar a Felicidade pelo trabalho, no clima do Amor.

(Chico Xavier
Que a pomba da Paz nos traga esperança de um mundo melhor!

sábado, 20 de setembro de 2008

O meme mandado pela Sonia - as 7 coisas

7 coisas que faço bem:

Artesanato
Dançar
Contar historias
Trabalhar com idosos
Conversar com amigos
Costurar
Ser mãe

7 coisas que não sei fazer

Cozinhar
Mentir muito
Crochê (infelizmente)
Tricô
Dançar com aqueles que gostam de se mostrar
Sair atrás de homem
Viver ociosamente

7 coisas que me atraem no sexo oposto

Simpatia
Charme
Bom papo
Figurino
Sorriso
Educação
Bom humor

7 coisas que não suporto no sexo oposto

Falsidade
Mentira
Falta de carater
Antipatia
Grosseria
Estar mal vestido
Se achar o máximo!

7 coisas que digo com freqüência

Droga de internet
Caramba
Vou emagrecer
Não tô a fim!
----- sem comentário
Não posso ir
Número errado do telefone

7 atores/atrizes que eu gosto

Sean Connery
Harrison Ford
Audrey Hepburn
Fernanda Montenegro
Meg Ryan
Laura Cardoso
Tony Ramos

7 atores/atrizes que detesto

Tais Araujo (um horror)
Carolina Ferraz
Samara Filipo
Jackson Antunes
Mauro Mendonça
Rosamaria Murtinho
Maria Maia e outras

7 filmes que eu detestei

Mulheres a beira de um ataque de nervos
Sem destino
Macunaíma
Deus e o diabo na terra do sol
Vidas secas
Veludo Azul
Maria Antonieta

7 filmes que eu gosto

Como água para chocolate
Colcha de retalhos
Uma linda mulher
Todos do Indiana Jones
Quatro casamentos e um funeral
Se meu apartamento falasse
Todos com a Audrey Hepburn

7 livros favoritos

Todos do Garder (O mundo de Sofia)
Memórias, sonhos e reflexões (do Jung)
Mulheres que correm com os lobos
Todos que falem de Contos de fadas
Em busca do graal
Biografias
O caçador de pipas e muuuuitos outros!

7 coisas legais nos últimos dias

Vivi
Passeei
Dançei muito
Fui paquerada por um mineiro
Trabalhei com meus idosos
Fiz artesanato novo
Fiz novos amigos

7 constatações inúteis

Dizer que nosso presidente não presta!!!
Pensar que o Brasil vai melhorar
Achar que homem é elemento indispesável!
Jogar conversa fora
Ver o mundo de cabeça pra baixo e não poder ajudar
Ter que votar
Conseguir vizualisar coisas boas

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sábado, 13 de setembro de 2008

Sobre minha outra avó...

Hoje, estava na sala e, olhando para o lado, me lembrei da minha avó.
Minha avó paterna era portuguesa, veio nova para o Brasil, e casou também com um português. Ela era a pessoa mais simples e despojada que conheci, bem diferente da outra, a materna, que era bem vaidosa até os 97 anos de vida.
Minha avó chamava-se Ismênia, tinha os cabelos muito brancos e cacheados.
Era bem calma. Fazia o serviço da casa e cuidava de muitos cachorros que apareciam por lá. Meu pai morava com ela em Santa Tereza, na Ladeira do Castro, nem sei se ainda existe. Era um lugar muito alto e ela quase não saía de casa.
Adorava fazer geléias e licores com as frutas das árvores do quintal. Eram muitas: goiabeira, ameixeira, pitangueira, entre outras.
Quando eu ia lá passar o dia, ela mandava meu pai comprar um montão de coisas para me agradar, mas eu não era de comer, era meio enjoada, e sei que a deixava triste, mas na hora de voltar para casa em Niterói ela me dava sempre um embrulho com as coisas que sabia que eu tinha gostado. Uma figura!
Mas o que me marcou muito foi um gesto dela quando me formei professora. Os meus dois primos (faleceram muito jovens) não gostavam de estudar e moravam em São Paulo, ela então se encantou por eu me formar, coisa que ela não pôde fazer. Daí teve um gesto lindo. Saiu de casa, foi até a cidade e comprou um anel de formatura para mim (na época, 1959, toda normalista usava), e fez isso escondido de meu pai. No dia da minha formatura ela comprou roupa nova e veio toda arrumada. Antes de ir para a missa ela me chamou e me deu o anel. Nossa, foi um momento inesquecível, pois nem meu pai tinha pensado nisso e minha família de criação não tinha como comprar um anel tão lindo. Tenho até hoje e, ao pegá-lo, penso como ela juntou o dinheirinho que meu pai lhe dava para me dar esta alegria.
Infelizmente, não pôde ver muito o anel no meu dedo, pois morreu um ano depois.
Mas ela era tão especial comigo que nunca reclamou de minha mãe não ter me deixado com ela e meu pai.
Sempre que ganhava algo de meu pai dizia que ia guardar para mim. Foi o caso de um faqueiro de prata e uma máquina de costura pequena da Singer, uma das poucas feitas naquele modelo. Como ela gostava de costurar, meu pai deu uma para ela, porém nunca foi usada, seria para mim quando ficasse moça. À época dos meus quinze anos, já costurava na máquina da minha mãe que era sem motor, então, ela resolveu me dar. Fiquei radiante de ganhar um presente tão maravilhoso: máquina com motor!!!! Foi demais! Desandei a costurar. Por incrível que pareça ela funciona até hoje, mas a modernidade não me deixa mais usá-la, pois não consigo técnico para a manutenção. Esqueci-me de dizer que fiz todo o meu enxoval nela , além do enxoval das duas primeiras filhas.
Para que entendam a minha lembrança da vovó olhando para o lado na sala nem é preciso dizer, olhei para a máquina tão querida que hoje está num cantinho especial da minha sala servindo de decoração. E, para que todos vejam como é linda, mas principalmente pelo que ela representa para mim, mostro a foto para que todos conheçam a minha máquina linda!


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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Para refletir...Pedido de demissão!!!


Venho por meio desta, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos ADULTOS.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de oito anos no máximo.
Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero que as complexidades da vida passem despercebidas por mim e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papelada, notícias deprimentes, contas à pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo que existe.
Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus a pessoas queridas e, com elas, a uma parte da minha vida.
Quero ter a certeza de que Deus está no céu, e de que por isso, tudo está direitinho neste mundo.
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore, construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições que eu tenha de entrar sejam um jogo de bola de gude ou uma pelada.
Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era o nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a “Batatinha quando nasce...” e a “Ave Maria”, e que isso não me incomodava nadinha, porque eu não tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia.
Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer.
Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencida de que tudo isso... vale muito mais do que o dinheiro!
A partir de hoje, isso é com vocês, porque eu estou me demitindo da vida de adulto.
Agora, se você quiser discutir a questão, vai ter de me pegar...
Porque o pegador está com você!!!
E, para sair do pegador, só tem um jeito: Demita-se você também dessa sua vida chata de adulto, convocando também os amigos, principalmente os mais sérios e preocupados.

NÃO TENHA MEDO DE SER FELIZ!!!
(autor desconhecido)
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Palavras de Victor Hugo


Amigos, aí vai mais um lindo texto para vocês.

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles,
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o
Riso constante é insano.
Desejo que você descubra
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E que acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga “Isso é meu”,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem.
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar!!!

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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Recado


Hoje, estava arrumando pastas antigas e me deparei com textos lindos que há muito guardei. Logo pensei: vou compartilhá-los com os amigos da blogosfera. Espero que gostem, não colocarei todos de uma só vez. Deixarei os amigos curiosos!!!!

O Recado será o primeiro, quando o recebi achei maravilhoso, pois é um texto de 1693!!! Continua atualíssimo.

Procure ser calmo no meio da precipitação e do barulho.
Lembre-se de que a Paz talvez se encontre no silêncio.
Faça um esforço honesto e continuado para se dar bem com todos.
Fale a verdade claramente, mas com brandura.
Ouça os outros, mesmo os ignorantes e sem brilho; eles terão igualmente suas histórias para contar.
Se você se comparar com os demais poderá tornar-se vaidoso ou amargo, pois sempre existirão os que estão pior ou melhor do que você na vida.
Saiba apreciar suas próprias realizações, seus planos.
Tome gosto pela sua carreira. É o único bem verdadeiramente seu.
Trate dos seus negócios com muito cuidado, pois o mundo está cheio de espertos, mas não endureça seu coração e saiba descobrir o lado bom das pessoas.
Ainda há idealistas neste mundo e, por toda a parte, encontramos atos de heroísmo.
Seja você mesmo, sobretudo, não finja amizade, nem ponha cinismo no amor...
Apesar de tudo o que se diz por aí, o amor ainda é eterno.
Aceite com doçura o conselho dos anos e saiba renunciar aos hábitos próprios da juventude.
Mantenha o espírito galvanizado para agüentar as surpresas da vida, mas não se aflija com imaginações.
O medo nasce do cansaço e da solidão.
Acima de qualquer autodisciplina, seja generoso com você mesmo.
Afinal, você é filho do Universo, tanto quanto as árvores e as estrelas e tem todo o direito de estar aqui!
Embora isto não lhe pareça muito claro, o certo é que o velho Universo está se desdobrando por sua causa, portanto, esteja em paz com Deus, ou quem você chama de Deus.
E, por mais agitadas e extenuantes que sejam sua atividades neste planeta, entre barulhentas confusões e aspirações da vida, procure a paz interior.
Porque, apesar de tudo o que anda acontecendo por aí afora, este nosso mundo ainda é ótimo.
Você precisa ter cuidado e fazer seu esforço diário para ser feliz . Vale tentar!!!

(texto da Igreja de Baltimore –EUA – 1693)

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domingo, 31 de agosto de 2008

Proximidade !!!!


"Se a nossa amizade depende de coisas como espaço e tempo, então, quando finalmente ultrapassarmos o espaço e o tempo, teremos destruído a nossa fraternidade (ou proximidade)!!!
Mas, ultrapassado o espaço, tudo o que resta é Aqui.
Ultrapassado o tempo, tudo o que nos resta é o Agora.
E entre o Aqui e o Agora você não crê que poderemos ver-nos uma ou duas vezes?"
Este é um trecho do livro "A ponte para o sempre" de Richad Bach.
Adoro o que ele escreve e lí vários dos seus livros, mas este é meu preferido.

Agradeço mais uma vez a minha filha Tânia que, como ninguém, sabe ser generosa e doadora, sempre dividindo o que tem e ganha.Este selo é importante, pois nossa proximidade é enorme.
Divido este selo também com todos os amigos que visitam os meus blogs. Peguem seu selo sem pedir licença!!! Bjks

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sábado, 30 de agosto de 2008

Respostas da Brincadeira!!!!

Hoje recebi da Monica Loureiro, uma amigona do blog Inventadeira de Moda, a brincadeira das respostas rápidas. Gostei da idéia, mas é difícil em poucas palavras escrever sobre coisas que dariam um texto!!!! Respondi com carinho e espero que as quatro indicadas também gostem de brincar. Ser blogueira é muito bom na medida que conhecemos pessoas legais que se tornam amigas virtuais. Sempre que posso dou uma olhada nos blogs de todos para saber novidades e respondo aos que aparecem nos meus. Obrigada Monica. Bjks

Aos que passarem por aqui e quiserem também responder estas perguntas, entrem na brincadeira e sejam bem-vindos!!!!!

1- Quatro empregos que já tive:

1- alfabetizadora
2- professora do projeto Aprendendo a ler com prazer
3- mãe
4- contadora de histórias

2 - Quatro filmes que eu assisto sempre que passam:

1- Uma linda mulher
2- Enquanto você dormia
3- Quatro casamentos e um funeral
4- Colcha de retalhos

3 - Quatro lugares que eu já morei:

1- Niterói
2- Belém do Pará
3- Brasília
4- novamente Niterói

4 - Quatro programas de TV que eu gosto:

1- Algumas novelas
2- Jornal Hoje e Nacional
3- Filmes
4- poucos programas, às vezes o do Luciano Huck

5 - Quatro pessoas que me mandam e-mail regularmente:

1- Tânia minha filha
2- Gilda, amiga
3- Bebeth, amiga dos EUA
4- outras amigas não tão regularmente

6 - Quatro coisas que eu faço todo dia sem falta:

1- ando na praia
2- faço exercícios de alongamento
3- leio
4- ouço música

7 - Quatro comidas favoritas:

1- salada verde
2- arroz de lentilhas
3- camarão de qualquer jeito
4- pizza


8 - Quatro lugares que eu gostaria de estar:

1- PARIS
2- Paraty
3- Washington
4- Portugal -Fátima
9 -

Passar a missão para 4 pessoas:


1- Tânia, do BLOGando ARTE
2- Nina, do Entre mãe e filha
3- Cláudia, do Pepper inFashion
4- Ana, do Prendadas

10-Quatro coisas que eu adoro:

1- sol
2- dançar
3- viajar
4- ler

11-Quatro bons sentimentos:

1- Amor (principalmente ao próximo)
2- compaixão
3- ternura
4- carinho

12- Quatro coisas que eu vou fazer:

1- ir a Paraty
2- voltar a Paris
3- quem sabe ter um neto!!!!
4- trabalhar sempre

13- Quatro dicas:

1- viajar pelo Brasil
2- doar-se aos idosos
3- ser gentil sempre
4- ter bom senso

14- Quatro coisas lindas:

1- a vida
2- minhas filhas
3- meus amigos
4- meu trabalho

15- Pra finalizar: quatro coisas que eu não vivo sem:

1- ler
2- passear
3- fazer artesanato
4- ser voluntária, é demais!

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domingo, 24 de agosto de 2008

Profissão...MÃE!!!!!

Estava organizando meus arquivos quando reli este texto. Claro que tem tudo a ver comigo, afinal ser mãe sempre foi minha profissão favorita, então, resolvi repassar para todas as amigas que também tenham esta gloriosa profissão!!!

Uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista.
Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão.
Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
"O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
"Claro que tenho um trabalho", exclamou Anne. "Sou mãe."
"Nós não consideramos “mãe” um trabalho. Vou colocar “Dona de casa", disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica.
A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
"Qual é a sua ocupação?" perguntou.
Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
"Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas."
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
"Posso perguntar", disse-me ela com novo interesse, "o que faz exatamente?"
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
"Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de exigência é de 14 horas por dia (para não dizer 24...).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente me abriu a porta.
Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe - uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.
Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (uma bebê de seis meses) , testando uma nova tonalidade de voz.
Senti-me triunfante!
Maternidade... que carreira gloriosa!!!!!!

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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Paraty, meu lugar favorito!


Paraty, no Rio de Janeiro, é uma cidade colonial inteiramente preservada em frente ao mar e ao sopé das montanhas.


Sua história:
No século XVIII, funcionou como um importante entreposto comercial, foi o porto onde o ouro de Minas Gerais era embarcado para o Rio de Janeiro e se tornou o maior produtor de aguardente do território fluminense – uma aguardente tão boa que “parati” virou sinônimo de cachaça.
No século XIX, foi passagem obrigatória do café, produzido no vale do Paraíba, rumo ao Rio de Janeiro e se tornou uma cidade bastante próspera.
Mas, com a ligação ferroviária entre esses dois pontos, em 1877, Paraty entrou em estagnação e relativo isolamento até a abertura da rodovia Rio-Santos, em 1976, que a despertou para o turismo de massa.
Hoje, a cidade recebe viajantes de todo o mundo. É Monumento Nacional desde 1966 e candidata a Patrimônio da Humanidade.
As Pousadas de Paraty esbanjam charme e boa acolhida.
Os pontos turísticos mais visitados são:
Forte Defensor Perpétuo
Fica situado no Morro do Forte. Foi construído em 1703, para defender a cidade contra possíveis invasores. Recebeu o nome de Defensor Perpétuo quando de sua reforma em homenagem a D. Pedro I.
Hoje, o que encontramos no forte é o Centro de Artes e Tradições Populares de Paraty. Mas vale a pena visitá-lo, pois tem um vista maravilhosa.
Igreja de Santa Rita
Construída em 1722 pelos pardos libertos, a arquitetura jesuítica, apresenta nos elementos internos as características do Barroco Rococó, notadamente no altar-mor. Nela funciona o Museu de Arte Sacra de Paraty. Está situada perto do cais no largo do mesmo nome, ao lado da cadeia , onde hoje funciona a Biblioteca Fábio Villaboim.
Igreja da Matriz
A primeira edificação de 1645 foi demolida e em seu lugar foi iniciada outra maior, concluída em 1712 que, por sua vez, deu lugar à construção atual, iniciada em 1787 e concluída em 1873. além dessas, há muitas outras igrejas , como:Igreja Nossa Sra.do Rosário, Igreja Nossa Sra da Conceição, e Igreja Nossa Sra da Dores, todas no centro histórico.
Casa da Cultura

Prédio usado até o final do século XIX como escola pública. Atualmente abriga a Casa de Cultura, onde são realizadas exposições e eventos.
Além de todos esses pontos turísticos, vale ir até a Praia da Jabaquara que fica bem perto do Forte. É um lugar muito bonito .
No Centro Histórico, com suas ruas de pedra, podemos encontrar um comércio bem interessante com objetos de artesanato de Minas e também feitos pelos índios da região. Há muitas lojas de decoração com móveis de madeira e reciclados. Além de lojas de lembranças de palha e pedra sabão.
Os bares e restaurantes também são especiais, com comidas da melhor qualidade, como o restaurante Paraty, o Caramujo, o bar 33 , o bar Paraty com música ao vivo e muitos outros lugares para diversão.
Também se pode curtir um passeio maravilhoso, principalmente se o sol aparecer, nas escunas que são alugadas no cais. Elas percorrem ilhas paradisíacas com um mar de um azul deslumbrante, além de podermos tirar fotos junto aos cardumes. Um passeio imperdível.
Há também passeios para Trindade, que tem praias perigosas, porém lindas, com suas pedras enormes e mar batido.
O Caminho do ouro também é um passeio excelente, pode-se ir de Van e passar o dia todo nas praias ou fazer outras escolhas. Compra-se no Paraty Tour. Os guias vão junto.
Vale conferir!!!!

sábado, 9 de agosto de 2008

Um livro imperdível! 1808


Apesar de ter tido uma formação em história, lia só o indispensável, mas quando ganhei da minha filha Tânia este livro, realmente me encantei com a forma que o autor aborda um tema que já foi escrito e filmado com várias versões. Não sei se tudo é verdadeiro, mas a forma de contar a história é muito interessante e não cansa o leitor.

1808 – pelo autor
“Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu. Em tempos de guerra, reis e rainhas haviam sido destronados ou obrigados a se refugiar em territórios alheios, mas nenhum deles tinha ido tão longe a ponto de cruzar um oceano para viver e reinar do outro lado do mundo. Embora os europeus dominassem colônias imensas em diversos continentes, até aquele momento nenhum rei havia colocado os pés em seus territórios ultramarinos para uma simples visita – muito menos para ali morar e governar.
Era, portanto, um acontecimento sem precedentes tanto para os portugueses, que se achavam na condição de órfãos de sua monarquia da noite para o dia, como para os brasileiros, habituados até então a serem tratados como uma simples colônia de Portugal.
D. João VI foi o único soberano europeu a colocar os pés em terras americanas em mais de quatro séculos, e foi quem transformou uma colônia em um país independente.
A fuga da família real para o Rio de Janeiro ocorreu num dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo. Guerras napoleônicas, revoluções republicanas e escravidão foram o caldo no qual se deu a mudança da corte portuguesa e sua intalação no Brasil.
O propósito do livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar de forma acessível a história da corte portuguesa no Brasil e tentar devolver seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam duzentos anos atrás.
Os personagens podem ser, sim, inacreditavelmente caricatos, mas isso é algo que se poderia dizer de todos os governantes que os seguiram, inclusive os atuais. (Laurentino Gomes)

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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mexendo no Baú do Teatro!!!!!

Caramba, já faz tempo que o grupo HistoriArte acabou, mas as lembranças dele ainda estão presentes no nosso coração, meu e da Luciana, que tivemos o prazer de dar aulas e nos divertir tanto com alunos tão diferentes, mas com vontade de atuar .
Foram 10 anos de curso e muitas turmas passaram pela Biblioteca Anisio Teixeira onde o curso de teatro acontecia, 3 vezes por semana, à noite.
Lembro tanto de alguns alunos que deram trabalho, mas conseguíamos que fizessem o seu melhor nas peças que eram encenadas. (Antes havia os seminários, onde eles tinham que pesquisar e nos mostrar suas conclusões!!! ) Foram tantas montagens. Algumas no improvisado teatro da BEIAT, outras, dos alunos mais adiantados, no teatro do DCE da UFF.
Os ensaios nos fins de semana eram uma grande bagunça organizada. Levavam comida, biscoitos e, assim, se passava o sábado e às vezes o domingo em vésperas de apresentação.
Alguns alunos marcaram nossa vida e são até hoje grandes amigos. A Flávia, cheia de dúvidas e inseguranças, hoje mora na Austrália (casada!!!), os irmãos Delano e Delaine, advogados, amigos fiéis, Luis Cláudio, um dos mais levados junto com o Michel, agora é ator profissional e faz diversos trabalhos em teatro e até algumas participações em televisão!!! Acho que esse vai longe, tem talento. Outros também tinham, mas não continuaram.
Montamos com eles algumas peças de sucesso como: “Amor”, de Oduvaldo Vianna; “Brasileiras e Brasileiros”, de Luis Fernando Veríssimo; “A Revolução das Mulheres”, de Aristófanes; “Perdoa-me por me traíres”, de Nelson Rodrigues, “Bailei na Curva” de Julio Conte.
Além de peças infantis, com o grupo dos mais jovens. “O Castelo das 7 torres”, “O Mistério de Feiurinha”, “Suriléa-mãe-monstrinha” entre outras.
Sinto falta de uma época que era muito divertida, às sextas-feiras íamos depois da aula para o clube IPC para dançar .
Infelizmente tudo passa e só fica a saudade, mas é muito bom lembrar de bons momentos.

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sábado, 26 de julho de 2008

Minha avó, meu tesouro

Hoje, 26 de julho, é considerado o dia da avó, talvez porque seja o dia de Sant´Ana, avó de Jesus.
Quero então prestar minha homenagem àquela que tem sido minha inspiração na vida.
Minha avó Carolina (a Nenzinha)
Infelizmente só tenho esta foto dela.



Carolina, a Nenzinha, que para mim é, sem sombra de dúvida, a mulher mais forte e valente da família. Imagine uma mulher nos idos de 1910, mandar o marido embora e cuidar sozinha dos filhos, essa foi a sua grande coragem. Com isso passou a ser a ovelha negra da família, mas não se intimidou. Cuidou dos filhos fazendo crochê e camisas para homens. Vendendo seu trabalho, conseguiu educar os filhos. Quando minha mãe casou, ela foi morar na casa dela e, juntas, bordavam e costuravam para fora. Meu pai trabalhava no jornal “O Correio da Manhã” como chefe das oficinas, e era um boêmio. Meu tio, Ernesto, tinha uma casa de bordados no centro do Rio, “O Rendeiro”, e não ligava para minha avó. Esta mulher sofreu a pior das dores na vida quando minha mãe, depois de tentar por dez anos engravidar, finalmente ficou me esperando e, por ironia do destino, na hora do meu parto ela não quis ir para o hospital porque dizia que o avô dela vinha buscá-la (não sei se isso era folclore da família ou verdade). Teve uma grande hemorragia e nada pôde ser feito, ano de 1941 e a medicina ainda não era tão avançada, as mulheres costumavam contar mesmo com a ajuda de parteiras na hora da dar à luz. Imagino o que minha avó sofreu, pois além de perder a filha, perdeu também a neta, já que minha mãe me entregou para ser criada por Áurea, tia dela e irmã mais nova de minha avó, e com uma prole de cinco filhos. Talvez minha mãe quisesse que eu vivesse numa família grande, não sei, mas avalio o que vovó sofreu com estas duas perdas, visto que ela ficou morando no Rio, em Vila Isabel, onde nasci, na rua Gonzaga Bastos, e eu vim para Niterói no dia seguinte. Nunca vi esta mulher sofrendo, muito pelo contrário, sempre trabalhando nas costuras e nos crochês, que era como pagava o quarto em que foi viver na casa de uma amiga, Natalina. Quando eu ia lá, fazia bifes de filé mignon e sonhos, viveu lá até esta morrer. Foi depois para a casa de uma amiga de minha mãe. Já no final da vida, com 93 anos, morou com Célia, sua sobrinha. Esta não era lá grande amiga, mas cuidava dela. Só que minha avó não era fácil e, um dia, quando estava sozinha em casa, trepou em um banco para pendurar roupa na corda e caiu. Este tombo resultou no fêmur fraturado e, infelizmente, por um erro médico, ela se foi aos 97 anos. Eu estava chegando em Brasília, quando recebi a notícia de sua morte, em julho de 1971. Tenho muita tristeza de não ter sido mais amiga e companheira da minha avó que eu tanto amava. Quando ela vinha para Niterói, era só festa. Trazia para mim camisolas, roupinhas, calcinhas, enfim, coisas lindas que ela fazia. Além dos presentes, me deixava extasiada de vê-la ao piano tocando para mim, mesmo com artrose nos dedos. Era a pessoa mais linda, sempre muito arrumada, com saias de seda preta ou marinho e blusas de cambraia que ela fazia, e as golas eram sempre de crochê. No cabelo usava duas travessas. Andava já muito torta por causa de uma escoliose, a qual eu e duas de minhas filhas herdamos. Não tomava remédios alopatas, só homeopatia. Tinha uma memória fantástica até o fim dos seus dias, sabia quando eu ia lá e quando eu telefonava ficava radiante. Tenho consciência hoje que não fui uma boa neta, mas em virtude da minha criação não tinha como viver junto dela porque a família a rejeitava. Ia muito vê-la, principalmente depois que casei.Quando fui morar em Belém do Pará, por 2 anos, ela ficou muito triste. Quando vinha ao Rio ia logo à casa dela matar a saudade, contar as novidades. Ela teve o privilégio de conhecer ainda duas de suas bisnetas. Sempre levava as meninas para ver a bisa, ela ficava eufórica. Pelo menos teve essa felicidade, pois do outro neto ela nem falava, porque ele não a procurava. Essa mulher foi uma valente, na acepção da palavra. Queria eu poder ter um mínimo da coragem dela e da sua valentia, como enfrentrou as tristezas por que passou e tão bem as superou. Nunca perguntei o porquê da minha mãe ter feito o que fez, até mesmo meu pai ficou sem mim e foi morar com a minha avó Ismênia (portuguesa), mãe dele, e acho que nunca cogitou ficar comigo. Minha impressão é que minha mãe achava que ele podia casar-se com uma das primas, pois todas eram solteiras quando eu nasci. Vi muito pouco esse pai, ele só ia me ver aos domingos e, às vezes, tinha que levar puxão de orelha porque sumia. Acho que minha mãe quis o melhor para mim, mas foi muito difícil, e, ainda é, entender e digerir toda essa história do meu nascimento.
Mas se há alguém inesquecível na minha história, é, sem dúvida, essa AVÓ com maiúscula que sempre me deu bons conselhos e coragem nas horas difíceis. Dona de uma sensibilidade tão grande que quando eu chegava para vê-la, se eu estivesse com algum problema, ela logo perguntava o que era e me ajudava a resolver com seus conselhos não muito ortodoxos!!!!Era uma mulher moderna e tinha sempre comentários sobre tudo que ouvia ou via. Era para a época um pouco "fofoqueira", mas muito engraçada nos seus apartes!
Vó, que um dia encontre você onde estiver ou, talvez, como dizem...tão perto de mim, como filha!!! Eu acredito.

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Dê uma comidinha ao panda