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sábado, 28 de junho de 2008

Mais um livro imperdível sobre contos de fadas


“Fadas no Divã” – Diana L. Corso e Mário Corso

Uma pequena amostra de apresentação...

“A psicanálise sente-se à vontade no terreno das narrativas, afinal, trocando em miúdos, uma vida é uma história, e o que contamos dela é sempre algum tipo de ficção. A história de uma pessoa pode ser rica em aventuras, reflexões, frustrações ou mesmo pode ser insignificante, mas sempre será uma trama, da qual parcialmente escrevemos o roteiro. Freqüentar as histórias imaginadas por outros, seja escutando, lendo, assistindo a filmes ou a televisão ou ainda indo ao teatro, ajuda a pensar a nossa existência sob pontos de vista diferentes. Habitar essas vidas de fantasia é uma forma de refletir sobre destinos possíveis e cotejá-los com o nosso. Às vezes, uma história ilustra temores de que padecemos , outras encarna ideais ou desejos que nutrimos, em certas ocasiões ilumina cantos obscuros do nosso ser. O certo é que escolhemos aqueles enredos que nos falam de perto, mas não necessariamente de forma direta, pode ser uma identificação tangencial, enviesada.
A paixão pela fantasia começa muito cedo, não existe infância sem ela, e a fantasia se alimenta da ficção, portanto não existe infância sem ficção. Observamos que, a partir dos quatro últimos séculos , quando a infância passou a ter importância social, as narrativas folclóricas tradicionais , os ditos contos de fadas, constituíram-se numa forma de ficção que foi progressivamente se direcionando ao público infantil. Hoje, os contos de fadas são considerados coisa de criança, mas curiosamente muitos deles continuam estruturalmente parecidos com aqueles que os camponeses medievais contavam. Como foi que esses restos do passado vieram parar nas mãos das crianças de hoje?
O livro apresenta duas questões:
A primeira é direcionada a essas narrativas folclóricas sobreviventes. Embora muita coisa tenha mudado no reino dos homens, parece que certos assuntos permanecem reverberando através dos tempos. Os temas do amor, das relações familiares e da construção das identidades masculina e feminina ainda podem inspirar em narrativas muito antigas.São problemas e soluções de outrora, mas que surpeeendetemente encontram lugar no interesse de pessoas atuais.
A segunda questão é saber se os contos de fadas podem evoluir. Se analisarmos as histórias infantis mais recentes, mas que tornaram-se clássicas, ao longo do século XX, talvez possamos compreender melhor algumas coisas sobre as crianças e as famílias de nosso tempo”.

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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Fantoches


Os Fantoches são uma forma divertida de fazer crianças, adolescentes e idosos descobrirem a possibilidade de confeccionar e manipular bonecos, feitos de vários materiais, como: jornal, tecido, garrafas, colheres de pau, copos de iogurte, etc, e, com eles, montar histórias que podem virar peças.
Com os idosos a resposta é excelente, pois voltam ao passado e ficam livres para criar personagens fantásticos de sua imaginação e com eles montam cenas com belas histórias.
O Fantoche é uma forma de brincar, ou seja, através de sua confecção e manipulação os participantes de uma oficina vão poder mostrar toda a sua criatividade.
Existem várias técnicas para a confeção dos fantoches, entre elas, as marionetes.
Um dos fantoches mais criativos, principalmente com crianças e idosos, é o que é feito com jornais e depois vestido com o material que mais agrada a quem o criou, como: papel crepom, malha, tecidos, etc. Este é o meu preferido com os idosos que trabalho. Eles gostam muito.
O livro que recomendo é muito interessante, pois apresenta variadas técnicas e fotos que nos ajudam a melhorar o trabalho.

“Fantoche e Cia.”- de Idalina Ladeira e Sarah Caldas - ed. Scipione (não sei se mudou a editora)

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Livros que nos ajudam a entender os Contos de Fadas

“A importância dos Contos de Fadas em nossa cultura dificilmente pode ser exagerada. Eles assumiram na época moderna uma função civilizadora , didática e edificante. Histórias como: Cinderela, Branca de Neve e a Bela e a Fera, entre muitas outras hoje difundidas pelos meios de comunicação de massa, foram aceitas como parte de um tesouro comum e ajudaram a consolidar um universo de mitos partilhado por pessoas das mais diversas idades e experiências. Bastaria isso para recomendar sua leitura.”

Da Fera à Loira – Marina Warner
Sobre Contos de Fadas e seus Narradores

“Pelo menos desde o Romantismo, os contos de fadas têm sido comumente entendidos como narrativas, imutáveis, puras, que resistiram ao tempo e se transmitiram pela tradição oral através das gerações. Essa visão, que se poderia chamar de arquetípica, tende a interpretar os contos no horizonte de uma mesma experiência humana, supostamente constante , a que se poderiam afinal reduzir as diversas tradições literárias e culturais dos povos. A essa mesma tendência se soma a leitura psicanalítica dos contos de fadas, interessada em revelar o seu sentido mais íntimo e universal. Sob o véu dos mitos, do maravilhoso e do mostruoso, tão freqüentes nesses contos, a psicanálise procurou apontar o conflito das pulsões e o drama dos sentimentos próprios à natureza e à sociedade humana.
Apesar de reconhecer os méritos e as contribuições da leitura arquetípica e psicanalítica dos contos, a autora Marina Warner propõe ao leitor uma abordagem nova e surpreendente, que esclarece aspectos fundamentais negligenciados pela tradição crítica. Trata-se de apontar a genealogia e os contextos históricos dos contos de fadas, que constituem o pano de fundo em que eles se movem e se transformam. O realismo histórico desses contos, como nos mostra a autora , foi obscurecido desde que o francês Perrault e outros grandes autores do século XVII e XVIII definiram as características modernas do gênero. Os contos de fadas foram então domesticados e adaptados para o uso infantil, e é, sob essa forma particular que ainda hoje são habitualmente recebidos.
Com seu foco na representação da figura feminina (seja ela uma personagem ou a voz de uma narração), o livro reexamina a misoginia de alguns dos mais célebres contos de fadas e, a partir deles, toda a história conturbada desse gênero e de suas muitas possibilidades expressivas, ainda hoje abertas à criação. Desde suas remotas origens na Antigüidade e no oráculos das Sibilas, passando pelos contos que celebrizaram uma imagem cruel da mulher (nas figuras da bruxa, da madrasta) e também do homem (no caso notório de Barba Azul), os leitores acompanham uma historiadora capaz de desvelar não apenas os mitos que cercam essas narrativas e que, sorrateiramente, costumam guiar a nossa compreensão.”


Mulheres que Correm com os Lobos – Clarissa Pinkola Estés
Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem.
“Os lobos sempre rondaram o universo da psicóloga junguiana Clarissa P. Estés em sonhos ou mesmo na vida real.
Ao estudar esses animais, ela observou várias semelhanças entre a loba e a mulher, principalmente no que se refere à dedicação aos filhos, ao companheiro e ao grupo. Ao longo do desenvolvimento da civilização, porém, esses instintos mais naturais a que a autora dá o nome de Mulher Selvagem, foram sendo domesticados, sufocando todo o potencial criativo da alma feminina.
Clarissa, além de analista junguiana é Cantadora , ou seja, Contadora de Histórias . Ela mostra no livro como, a partir de mitos, contos de fadas, lendas do folclore e outras histórias, a mulher pode se ligar novamente aos atributos saudáveis e instintivos do arquétipo da mulher selvagem.”


A Psicanálise dos Contos de Fadas - Bruno Bettelheim
Neste livro o autor Bruno Bettelheim faz uma radiografia das mais famosas histórias para crianças, arrancando-lhes o seu verdadeiro significado.
“Os contos de fadas considerados por pais e educadores até pouco tempo como “irreais”, “falsos” e cheios de crueldade, são, para as crianças, o que há de mais real, algo que lhes fala, em linguagem acessível, do que é real dentro delas. Os pais temem que os contos de fadas afastem as crianças da realidade, através de mágicas e fantasias. Porém, o real, a que os adultos comumente se referem, é o externo, é o mundo circundante, enquanto que o conto de fadas fala de um mundo bem mais real para as crianças. E deixa isso bem claro quando situa as histórias na “Terrra do Nunca”, ou no “Era uma vez um país muito longe”..., ou “Numa época em que os bichos falavam”, evidenciando, assim, que não se trata do aqui, nem do agora da realidade adulta, mas de um território fora do tempo e do espaço.
Durante muito tempo, os contos de fadas ficaram esquecidos, desprezados e banidos sob a alegação de irreais e selvagens, em vista de suas tramas sempre altamente dramáticas. Depois que a psicanálise desmitificou a “inocência” e a “simplicidade” do mundo da criança, os contos de fadas voltaram a ser lidos (e discutidos), justamente por descreverem um mundo pleno de experiências, de amor, mas também de destruição, de selvageria e de ambivalência. A psicanálise provou que, na verdade, os pais temem que os filhos os identifiquem com bruxas e monstros, ogros e madrastas e, em conseqüência, deixem de amá-los. Porém, ao contrário, podendo vivenciar tudo, identificando-se com os personagens, os filhos têm sua agrssividade diminuída, podendo amar os pais de maneira sadia.O conto, assim, contribui para um melhor relacionamento familiar, desmanchando as fontes de pressão agressiva que, caso contrário, seriam dirigidas aos pais. Mas a maior contribuição dos contos de fadas é em termos emocionais, propondo-se e realizando concretamente quatro tarefas: fantasia, escape, recuperação e consolo. Desenvolvem ainda a capacidade da fantasia infantil; fornecem escapes necessários falando aos medos internos das crianças , às suas ansiedades e ódios, seja como vencer a rejeição (como João e Maria) , ou a rivalidade com irmãos (Cinderela), ou conflitos com a mãe (como Branca de Neve) ou sentimentos de inferioridade (As Três Penas).
Os contos aliviam as pressões exercidas por esses problemas; favorecem a recuperação, incutindo coragem na criança, mostrando-lhe que é sempre posível encontrar saídas. Finalmente, os contos consolam e muito: o “final feliz” que tantos adultos consideram falso e irreal é a grande contribuição que os contos fornecem à criança, encorajando-a à luta por valores amadurecidos e a uma crença positiva na vida.
O livro mostra as razões , as motivações psicológicas, os significados emocionais, a função do divertimento, a linguagem simbólica do inconsciente que estão subjacentes nos contos infantis”.

Livros que eu recomendo


Sou uma leitora compulsiva e não posso colocar de uma só vez uma bibliografia, pois ficaria enorme, mas estes livros ajudam bastante para que a leitura dos contos seja bem entendida.
São livros antigos, mas que continuam atuais, entre eles destaco:
A Gramática da Fantasia – Gianni Rodari – ed. Summus;
História Social da Criança e da Família - Philippe Ariès – ed. Guanabara;
Uma História da Leitura – Alberto Manguel – Companhia das Letras;
O Conto Popular– Michèle Simonsen – ed. Martins Fontes;
Fábulas Italianas – Italo Calvino – ed. Companhia das Letras;
O Imaginário no Poder – Jackeline Held – ed. Summus.

A Gramática da Fantasia – Gianni Rodari

“Através da revelação e da análise de variadas técnicas de invenção, este livro oferece um eficaz instrumento para os que acreditam no lugar da imaginação na educação, para os que acreditam na criatividade infantil, para aqueles que sabem o valor de liberação que a palavra pode ter.
O diferencial do livro é que é enriquecido por um farto repertório de respostas orais e escritas dadas por crianças, colhidas pelo autor ao longo de muitos anos de atividade.”

História Social da Criança e da Família – Philippe Ariès

“A sociedade da metade do século XX, com os problemas que se colocam diante de nós, como a atitude diante da vida , a atitude diante da morte, os contraceptivos, etc., são para mim, fontes históricas. Não posso fazer abstrações das observações que faço quando saio à rua. A vida de todos os dias é apaixonante e quanto mais ela for cotidiana mais ela é apaixonante.
O fundamental é o desejo de encontrar um mistério central, mas nunca estamos diante desse mistério, estamos no meio da rua. Então, eu caminho por um mundo que é um mundo de curiosidade, excitando constantemente minha curiosidade, algumas vezes maravilhando-me: por que tal ou qual coisa? E é isso que me faz pular para o passado: eu penso que nunca segui um comportamento histórico que não tivesse como ponto-de-partida uma questão colocada pelo presente.” (Philippe Ariès)

Uma História da Leitura – Alberto Manguel

“De certa forma, todo livro escolhe seu leitor, mas Uma História da Leitura parece ter um modo muito particular de exercer essa escolha: talvez com uma ou outra exceção, todos os que se dispõem a lê-lo integram a comunidade anônima da pessoas que gostam de ler . Por isso, cada uma delas encontra no livro certos fragmentos de sua própria experiência: o encantamente do aprendizado da leitura, a leitura compulsiva de tudo (livrinhos de escola, cartazes de rua, rótulos de remédio,etc), o prazer solitário de ser amigo do peito de Simbad, o Marujo, de acompanhar a multiplicação dos significados de uma palavra, de descobrir o final da história. Como um volume da biblioteca impossível de Borges, o livro de Alberto Manguel contém um pouco da autobiografia de cada um dos seus leitores.
E, sem dúvida, também do autor, cuja erudição ao falar de séculos e séculos de história é primeiro filtrada por uma vivência pessoal intensa. A clareza do texto de Manguel parece refletir uma generosidade, uma vontade de compartilhar informações, perspectivas e modos de sentir o ato de ler.
“Ler para viver”, Flaubert escreveu, ou na visão de Kafka, “Ler para fazer perguntas”. Das plaquinhas de argila da Suméria aos nossos cibertextos, sabemos que a história registra não só uma infinidade de motivações para a leitura, mas também para a sua proibição, como se fosse da natureza da palavra escrita penetrar a intimidade do leitor e fazê-lo agir, fazê-lo mover-se para lugares que só ele é capaz de escolher. O Ato de Ler pressupõe e, simultaneamente, cria uma liberdade.
Alberto Manguel é primeiro um leitor, e, nesta condição , se escolheu para narrar as conformações da leitura ao longo do tempo, é porque está ciente de quantos tentáculos uma boa história pode ter”.

Curiosidade:
O autor de “Uma História da Leitura”, Alberto Manguel, deu uma entrevista para as páginas amarelas da revista Veja de 07 de julho de 1999 onde conta porque tornou-se um escritor. Ele durante dois anos foi à casa de Jorge Luis Borges, para ler textos os quais ele não mais podia enxergar. Desta forma solidificou sua paixão pela leitura e tornou-se um grande escritor.

O Conto Popular – Michèle Simonsen

“Quando se fala em Conto Popular logo se pensa nos Contos de Perrault. Os verdadeiros contos populares, aqueles que ainda há pouco tempo estavam vivos na tradição oral, foram recolhidos pelos folcloristas da boca de marujos, camponeses, artesãos, etc., esses contos são muito numerosos e bem diferentes das dezenas de narrativas adaptadas por Charles Perrault para as damas da corte de Luis XIV.
Têm também um sabor bem diferente das histórias adocicadas dos livros infantis.
O conto popular não é apenas uma forma de literatura oral. É uma prática social que só pode ser plenamente compreendida dentro de uma perspectiva etnológica.
O objetivo do livro é permitir que o leitor conheça as riquezas da tradição oral e as pesquisas que estão sendo realizadas no estudo dos contos populares”.

O Imaginário no Poder - Jacqueline Held

“É um amplo painel das tendências da literatura infantil moderna, apoiado em múltiplos textos, extraídos de autores de diferentes países, incluindo o Brasil.
A autora associa os mais variados aspectos da Literatura Infantil, inclusive o humor e a ficção científica , à evolução psicológica e intelectual da criança, apontando os caminhos para a formação de um futuro adulto equillibrado e consciente de si mesmo”.

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segunda-feira, 9 de junho de 2008

A Lenda do Graal


A Lenda, nos seus traços principais, pode ser resumida assim:
Um recipiente misterioso, que contém a vida e o alimento, é guardado por um rei, que está muito doente e vive num Castelo Imaginário e de difícil acesso.
O país onde se encontra o Castelo, está deserto e o rei será curado, se algum Cavaleiro especial achar o seu Castelo e, de acordo com o que os seus olhos perceberem, ele fizer uma pergunta, o rei ficará curado e ele se tornará rei, e guardião do Graal. Se ele não tiver curiosidade e não fizer a pergunta, tudo ficará como antes. Este Cavaleiro terá que continuar a busca do Castelo onde está o Graal, para se tornar um herói.
A principal motivação da Lenda, é, como nos Contos de Fadas, a “Busca” de alguma preciosidade a ser obtida pelo herói ou também a libertação de alguém enfeitiçado.
Porém, o Graal pode ser também a Lenda Cristã, onde ele seria o recipiente onde José de Arimatéia recolheu o sangue de Cristo ao descê-lo da cruz.
A partir do século XII e início do século XIII, surgem diferentes versões, em várias línguas, sobre a Lenda do Graal.
Na época do Renascimento, esta lenda ficou esquecida, como também os Contos, só reaparecendo na metade do século XVIII.
Nos séculos XIX e XX, os trabalhos literários sobre a Lenda do Graal já têm cunho científico, além de histórico-crítico. No século XIX, houve uma reformulação artística, surgindo o Parcifal de Wagner (uma grande obra com caráter psicológico).
Todas as correntes da Arte, Ciência, Movimentos Espiritualistas (antroposofia), ainda hoje se ocupam da Lenda do Graal.
Sabemos que o Castelo do Graal não pode ser localizado, mas, até hoje, também não se pôde localizar a origem desta Lenda. São conhecidas algumas hipóteses, entre elas, ser atribuída a lendas e mitos pré-cristãos da Europa Ocidental, especialmente os Celtas; a fontes cristãs Orientais ou cultos Persas ou Pré-cristãos; além de uma hipótese que vislumbra a origem no Culto Cristão, sobretudo na Missa Bizantina.
Nesta mesma época são conhecidas outras lendas, como: Lancelot; Tristão; Yvain, e outras.
É indiscutível que as raízes da Lenda do Graal estão, pelo menos em parte, no Oriente, isso revela-se nos textos.
Quanto à influência Celta, na maioria dos textos, o Castelo do Graal deve ser procurado na Bretanha, na Távola Redonda do Rei Artur e seus Cavaleiros, entre eles Percival. (em cada região ele tem um nome: Perseval ou Perletur (França); Perletur (Inglaterra); Parcifal (para Wagner).
A Lenda do Graal faz parte dos Contos Bretões ou Romance da Távola Redonda, conjunto de histórias em torno da lendária figura do Rei Artur da Bretanha e seus Cavaleiros. (filmes: Excalibur e Lancelot)
Esses Contos serviram como uma espécie de ensinamento da maneira de Ser e Viver.
Os Contos eram levados às Cortes da França e da Inglaterra, por Contadores e Narradores. Geralmente eram Lendas vivas ou Contos de sua terra , sendo a maioria Céltica.
Os Contos Bretões contém também um elemento que é especialmente familiar à mulher e a ela corresponde: o Irracional... o Mundo da Fantasia.
A predominância e uma tendência à irracionalidade, caracterizam tanto a mentalidade feminina, como a mentalidade dos Celtas, que eram puros, e isso será testemunhado nas suas lendas, contos e mitos.
Um dos traços do mundo das idéias célticas, é a crença na existência da um “País do Além”, habitado pelos imortais.
A Lenda do Graal é, em seus fundamentos, de natureza análoga, mas distingue-se de um Conto de Fadas, pelo fato de ser, pelo menos na forma tradicional que conhecemos, não anônima, porém criada por determinados poetas. Por isso, ela contém, por um lado, os traços arquetípicos da época e do seu espírito, em vista de que nos proporciona informações sobre a mentalidade específica da Idade Média.
obs.: Para alguns estudiosos e pesquisadores, a Lenda deve ter surgido no século VIII, mas não há provas concretas.

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