quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mexendo no Baú do Teatro!!!!!

Caramba, já faz tempo que o grupo HistoriArte acabou, mas as lembranças dele ainda estão presentes no nosso coração, meu e da Luciana, que tivemos o prazer de dar aulas e nos divertir tanto com alunos tão diferentes, mas com vontade de atuar .
Foram 10 anos de curso e muitas turmas passaram pela Biblioteca Anisio Teixeira onde o curso de teatro acontecia, 3 vezes por semana, à noite.
Lembro tanto de alguns alunos que deram trabalho, mas conseguíamos que fizessem o seu melhor nas peças que eram encenadas. (Antes havia os seminários, onde eles tinham que pesquisar e nos mostrar suas conclusões!!! ) Foram tantas montagens. Algumas no improvisado teatro da BEIAT, outras, dos alunos mais adiantados, no teatro do DCE da UFF.
Os ensaios nos fins de semana eram uma grande bagunça organizada. Levavam comida, biscoitos e, assim, se passava o sábado e às vezes o domingo em vésperas de apresentação.
Alguns alunos marcaram nossa vida e são até hoje grandes amigos. A Flávia, cheia de dúvidas e inseguranças, hoje mora na Austrália (casada!!!), os irmãos Delano e Delaine, advogados, amigos fiéis, Luis Cláudio, um dos mais levados junto com o Michel, agora é ator profissional e faz diversos trabalhos em teatro e até algumas participações em televisão!!! Acho que esse vai longe, tem talento. Outros também tinham, mas não continuaram.
Montamos com eles algumas peças de sucesso como: “Amor”, de Oduvaldo Vianna; “Brasileiras e Brasileiros”, de Luis Fernando Veríssimo; “A Revolução das Mulheres”, de Aristófanes; “Perdoa-me por me traíres”, de Nelson Rodrigues, “Bailei na Curva” de Julio Conte.
Além de peças infantis, com o grupo dos mais jovens. “O Castelo das 7 torres”, “O Mistério de Feiurinha”, “Suriléa-mãe-monstrinha” entre outras.
Sinto falta de uma época que era muito divertida, às sextas-feiras íamos depois da aula para o clube IPC para dançar .
Infelizmente tudo passa e só fica a saudade, mas é muito bom lembrar de bons momentos.

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sábado, 26 de julho de 2008

Minha avó, meu tesouro

Hoje, 26 de julho, é considerado o dia da avó, talvez porque seja o dia de Sant´Ana, avó de Jesus.
Quero então prestar minha homenagem àquela que tem sido minha inspiração na vida.
Minha avó Carolina (a Nenzinha)
Infelizmente só tenho esta foto dela.



Carolina, a Nenzinha, que para mim é, sem sombra de dúvida, a mulher mais forte e valente da família. Imagine uma mulher nos idos de 1910, mandar o marido embora e cuidar sozinha dos filhos, essa foi a sua grande coragem. Com isso passou a ser a ovelha negra da família, mas não se intimidou. Cuidou dos filhos fazendo crochê e camisas para homens. Vendendo seu trabalho, conseguiu educar os filhos. Quando minha mãe casou, ela foi morar na casa dela e, juntas, bordavam e costuravam para fora. Meu pai trabalhava no jornal “O Correio da Manhã” como chefe das oficinas, e era um boêmio. Meu tio, Ernesto, tinha uma casa de bordados no centro do Rio, “O Rendeiro”, e não ligava para minha avó. Esta mulher sofreu a pior das dores na vida quando minha mãe, depois de tentar por dez anos engravidar, finalmente ficou me esperando e, por ironia do destino, na hora do meu parto ela não quis ir para o hospital porque dizia que o avô dela vinha buscá-la (não sei se isso era folclore da família ou verdade). Teve uma grande hemorragia e nada pôde ser feito, ano de 1941 e a medicina ainda não era tão avançada, as mulheres costumavam contar mesmo com a ajuda de parteiras na hora da dar à luz. Imagino o que minha avó sofreu, pois além de perder a filha, perdeu também a neta, já que minha mãe me entregou para ser criada por Áurea, tia dela e irmã mais nova de minha avó, e com uma prole de cinco filhos. Talvez minha mãe quisesse que eu vivesse numa família grande, não sei, mas avalio o que vovó sofreu com estas duas perdas, visto que ela ficou morando no Rio, em Vila Isabel, onde nasci, na rua Gonzaga Bastos, e eu vim para Niterói no dia seguinte. Nunca vi esta mulher sofrendo, muito pelo contrário, sempre trabalhando nas costuras e nos crochês, que era como pagava o quarto em que foi viver na casa de uma amiga, Natalina. Quando eu ia lá, fazia bifes de filé mignon e sonhos, viveu lá até esta morrer. Foi depois para a casa de uma amiga de minha mãe. Já no final da vida, com 93 anos, morou com Célia, sua sobrinha. Esta não era lá grande amiga, mas cuidava dela. Só que minha avó não era fácil e, um dia, quando estava sozinha em casa, trepou em um banco para pendurar roupa na corda e caiu. Este tombo resultou no fêmur fraturado e, infelizmente, por um erro médico, ela se foi aos 97 anos. Eu estava chegando em Brasília, quando recebi a notícia de sua morte, em julho de 1971. Tenho muita tristeza de não ter sido mais amiga e companheira da minha avó que eu tanto amava. Quando ela vinha para Niterói, era só festa. Trazia para mim camisolas, roupinhas, calcinhas, enfim, coisas lindas que ela fazia. Além dos presentes, me deixava extasiada de vê-la ao piano tocando para mim, mesmo com artrose nos dedos. Era a pessoa mais linda, sempre muito arrumada, com saias de seda preta ou marinho e blusas de cambraia que ela fazia, e as golas eram sempre de crochê. No cabelo usava duas travessas. Andava já muito torta por causa de uma escoliose, a qual eu e duas de minhas filhas herdamos. Não tomava remédios alopatas, só homeopatia. Tinha uma memória fantástica até o fim dos seus dias, sabia quando eu ia lá e quando eu telefonava ficava radiante. Tenho consciência hoje que não fui uma boa neta, mas em virtude da minha criação não tinha como viver junto dela porque a família a rejeitava. Ia muito vê-la, principalmente depois que casei.Quando fui morar em Belém do Pará, por 2 anos, ela ficou muito triste. Quando vinha ao Rio ia logo à casa dela matar a saudade, contar as novidades. Ela teve o privilégio de conhecer ainda duas de suas bisnetas. Sempre levava as meninas para ver a bisa, ela ficava eufórica. Pelo menos teve essa felicidade, pois do outro neto ela nem falava, porque ele não a procurava. Essa mulher foi uma valente, na acepção da palavra. Queria eu poder ter um mínimo da coragem dela e da sua valentia, como enfrentrou as tristezas por que passou e tão bem as superou. Nunca perguntei o porquê da minha mãe ter feito o que fez, até mesmo meu pai ficou sem mim e foi morar com a minha avó Ismênia (portuguesa), mãe dele, e acho que nunca cogitou ficar comigo. Minha impressão é que minha mãe achava que ele podia casar-se com uma das primas, pois todas eram solteiras quando eu nasci. Vi muito pouco esse pai, ele só ia me ver aos domingos e, às vezes, tinha que levar puxão de orelha porque sumia. Acho que minha mãe quis o melhor para mim, mas foi muito difícil, e, ainda é, entender e digerir toda essa história do meu nascimento.
Mas se há alguém inesquecível na minha história, é, sem dúvida, essa AVÓ com maiúscula que sempre me deu bons conselhos e coragem nas horas difíceis. Dona de uma sensibilidade tão grande que quando eu chegava para vê-la, se eu estivesse com algum problema, ela logo perguntava o que era e me ajudava a resolver com seus conselhos não muito ortodoxos!!!!Era uma mulher moderna e tinha sempre comentários sobre tudo que ouvia ou via. Era para a época um pouco "fofoqueira", mas muito engraçada nos seus apartes!
Vó, que um dia encontre você onde estiver ou, talvez, como dizem...tão perto de mim, como filha!!! Eu acredito.

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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Os meus selos



Esta semana me senti "selada". É muito bom saber que lembram de nós. Agradeço aos que me incluíram na lista, mas principalmente minhas filhas Cláudia com o Dardos e Tânia, logo com dois, o Dardos e o Leila Diniz (adorei este). Recebi também, da amiga querida, Nina, o selo da Amizade. Achei lindo e repasso aos blogueiros amigos que visitam o meu blog.



O selo da Amizade vai para:

BLOGando ARTE, da Tânia
Me Vendo às Avessas, da Tânia
Com Saudade de Paris, da Cláudia
pePPer in Fashion, da Cláudia
Fábrica de Moda, da Raquel
Desenhos da Fernanda, da Fernanda
Conexão Paris, da Lina
Galochas Roxas, da Eliana
Vaidade Pura, da Deusa
e retribuo a Crônicas de uma Menina Feliz, da Nina
Entre Mãe e Filha, da Nina e filha

Bjks para todas

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domingo, 20 de julho de 2008

Aos amigos

Inventaram que hoje, 20 de julho, é dia do amigo,porém para mim todo dia é do amigo, mas me rendo e mando a todos os amigos blogueiros,o meu abraço pela data e esse lindo texto. Abraços carinhosos.

Os amigos
São tão amigos, que voltam.
São tão fraternos, que se unem.
São tão simples, que cativam.
São tão desprendidos, que doam.
São tão dignos, que amam, compreendem e perdoam.

Os amigos
São tão necessários, que sempre se fazem presentes.
São tão grandes, que se distinguem.
São tão dedicados, que edificam.
São tão preciosos, que se conservam.
São tão irmãos, que partilham.
São tão sábios, que ouvem, iluminam e calam.

Os amigos
São tão raros, que se consagram.
São tão frágeis, que fortalecem.
São tão importantes, que não se esquecem.
São tão fortes, que protegem.
São tão presentes, que participam.
São tão sagrados, que se perenizam.
São tão santos, que rezam.
São tão solidários, que esquecem de si mesmos.
São tão felizes, que fazem a festa.

Os amigos
São tão responsáveis, que vivem na verdade.
São tão livres, que crêem.
São tão fiéis, que esperam.
São tão unidos, que prosperam.
São tão amigos, que doam a vida.
São tão amigos, que se ETERNIZAM...

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Meu "Pai"

Acabei de ler o livro “A Menina que roubava livros”. Adorei, muito bem escrito, mas o que me comoveu e, sem dúvida, me encantou foi a relação dela com o pai de criação (adotivo?). Tive um pai assim, MARAVILHOSO. Ele me ensinou a andar descalça, subir em árvores, andar de carrinho de “roleman” (feito por ele), levar cabra para pastar no morro, entre outras coisas. Me apelidou de Bituca, nunca soube por quê, mas gostava muito. Era uma pessoa indefinível, pois vivia uma vida difícil, mas nunca o vi infeliz, muito pelo contrário, não saía sem uma flor na lapela de seus ternos sempre brancos. Realmente, uma figura inesquecível e o livro me reavivou a memória dessas pequenas coisas da infância que vão ficando perdidas, mas nunca esquecidas. Ele foi meu herói, meu amigo, pois não deixava que brigassem comigo. Tive que escrever uma história da minha vida para um livro e escrevi sobre ele. Uma pequena homenagem de quem o amou muito e talvez não tenha tido tempo para dizer isso a ele.

A menina e seu “Pai”

Era uma vez uma menina.
Uma menina bem diferente de seus amiguinhos, por um motivo também diferente!
A menina vivia em uma família de 5 irmãos. Ela era a caçula, com grande diferença de idade dos outros irmãos.
A menina era feliz, vivia brincando com seus amiguinhos, jogando bola, pulando amarelinha, subindo em árvores.
Porém, ela andava muito intrigada com uma coisa que a tornava diferente. Ela observara seus amiguinhos e descobrira que todos tinham um pai e uma mãe. Mas ela não, e, era aí que a diferença aparecia. A menina tinha dois “pais”. Isso mesmo, dois pais!
Quando a menina começou a descobrir essa diferença, perguntou à mãe o porquê dessa diferença. A resposta foi simples.
- Minha filha, Papai do céu foi seu amigo, você tem um pai aqui em casa e outro que vem sempre visitá-la aos domingos e traz doces e presentes, isso não é bom?
A menina não achava a resposta muito lógica, pois já desconfiava que só ela era assim e já estava com 8 anos, era bem esperta! Mas, por outro lado, ela se orgulhava de ser privilegiada com os dois “pais”!
Nessa época, ela só conhecia os amiguinhos da rua onde morava. Na sua família não havia nenhum primo ou prima da mesma idade que ela. Ela também não freqüentava a escola como os amigos. Estudava com a vizinha professora.
Foi por isso que ela resolveu pedir aos membros da família que a colocassem na escola, pois queria conhecer outros amigos e saber se havia alguém com dois pais, alguém igual a ela.
Depois de muita insistência, ela foi para a escola. Era uma escola religiosa, cheia de princípios.
No primeiro dia de aula, ela levou um susto. Na sua sala eram mais de 20 alunos. Ficou meio assustada, mas pensou:- Aqui deve haver alguém com dois pais!
Mas era cedo ainda para perguntar. Aos poucos começou a entrosar-se com a turma e foi descobrindo que a “diferente” era ela, pois não havia ali ninguém com dois pais. Esse era um problema só seu. Ficou também muito revoltada porque os colegas riam dela quando perguntava se tinha dois pais.
Além deste problema, surgiu outro na escola. Ela descobriu que não possuía o mesmo sobrenome da sua família, isso era estranho! Resolveu que perguntaria sobre os dois assuntos e não aceitaria a resposta de Papai do céu e nem outra desculpa qualquer.
Chegou em casa da escola e foi logo para a cozinha perguntar à mãe.
- Mãe, eu quero saber tudo.
A mãe, assustada, perguntou:
- Que tudo é este, minha filha?
- Primeiro quero saber sobre a história dos dois “pais” e depois por que não tenho o mesmo sobrenome de vocês.
A mãe disse que estava muito ocupada e que mais tarde conversariam. Ela teve que aceitar, mas não desistiria, perguntaria na hora do jantar quando o pai e os irmãos estivessem em casa.
Chegou a hora tão esperada pela menina. Todos à mesa e ela, muito espevitada, fez, de repente, as duas perguntas que já fizera à mãe, além de reclamar que todos os colegas riram dela.
Fez-se um silêncio. Um olhava para o outro. Nada era dito. A mãe, então, pediu que ela acabasse de comer e depois conversariam.
- Tudo bem - disse a menina.
Após o jantar, lá estava ela esperando por sua resposta.
Foi um momento muito difícil para toda a família. Teriam, naquele momento, que revelar um “segredo” para a menina tão amada e querida por todos. Aliás, um outro segredo também seria revelado.
A mãe foi quem resolveu falar:
- Olha, minha filha, sua história é um pouco triste, queríamos que você ficasse mais velha para que entendesse melhor.
A menina interrompeu:
- Mãe, eu já tenho 8 anos e entendo tudo na escola, pode falar.
- Pois muito bem, -disse a mãe: - Quando você nasceu, você foi posta no meu colo, mas não era o colo da sua mãe verdadeira.
A menina interrompeu de novo:
- Fale direito, não estou entendendo. Quero saber por que tenho dois “pais” e não tenho o sobrenome de vocês, e também por que meus colegas riem de mim.
- Bem - disse a mãe - você veio para o meu colo porque sua verdadeira mãe estava passando muito mal e, infelizmente, acabou morrendo e deixando você para nós. Aí, você acabou tendo uma só mãe, mas, em compensação, dois ”pais”. E tem mais uma coisa que você precisa saber: seu aniversário não é dia 16 e, sim dia 10 de maio.
A menina estava em silêncio, não sabia se a novidade era boa ou má. De repente, falou:
- Mãe, eu estou muito triste porque minha mãe morreu quando nasci, mas eu gosto muito de vocês. Gosto até do meu outro pai que é o verdadeiro. O que não entendo é porque vocês nunca me contaram, é por isso que eu não entendia nada do que acontecia. Fiz o papel de boboca achando que era muito esperta e que tinha dois pais, me achava “especial”, agora vejo que tudo ficou claro e tão simples.
Todos riram aliviados e a abraçaram. Aí ela disse:
- De agora em diante meu aniversário será dia 10 de maio.
Todos concordaram.
Naquela noite, a menina não dormiu. Só pensava como ia contar aos amigos da rua e aos colegas da escola sua nova história. De uma coisa tinha certeza. Se tivesse que ficar com um pai só ela queria o que sempre adorara e sempre fora um pai super maravilhoso, sabem por quê?
Esse pai ensinou a menina a andar quando era pequena e quando ela cresceu um pouco foi seu grande professor de andar de carrinho de roleman, subir morro levando cabrita, subir em árvores, jogar pião e amarelinha, sem falar nos passeios que faziam juntos e ele deixava ela ficar de pé no chão e correr livre. Realmente, a menina sempre achou que ninguém tinha um pai igual. A menina cresceu vendo o pai colocar flor na lapela, chapéu de panamá para ir trabalhar, terno branco sempre engomado, cadeira espreguiçadeira no jardim à noite para descansar. Esse pai ensinou-a a gostar dos animais, pois em casa tinha: cachorro, gato, papagaio, tartaruga, passarinhos, galinhas... Nossa, era uma casa feliz, cheia de árvores frutíferas onde a menina se deliciava quando tirava manga, pitanga, goiaba do pé sem que o pai visse, pois ele só tirava fruta quando madura, mas não brigava com ela, nunca. Ensinou a menina a chupar cana, roer rapadura. Trazia sempre, à noite, um saco de balas para a menina. Aos sábados, fazia muitos doces e sucos que só ele sabia como preparar, além da groselha, a bebida mais comum na casa. Esse pai a vida toda chamou a menina de Bituca, ela nunca soube por quê, mas gostava. Era diferente, soava com amor. Foi um pai presente sem ser chato ou repressivo. Mas...
A menina sentia um pouco de tristeza quando lembrava que ele não era seu verdadeiro pai , mas não o trocaria pelo verdadeiro de jeito nenhum.
A menina também ficava triste quando pensava que não tinha podido conhecer sua verdadeira mãe, abraçá-la e beijá-la como fazia com a que amava tanto ao chegar da escola, era muito beijo e abraço.
A menina ficou moça, terminou o ginásio, formou-se professora, entrou para a universidade. O pai sempre olhando-a com felicidade, por ela conquistar coisas que ele não conseguira. Ele não era de abraços, só de olhar manso e amoroso. Dizia tudo!
Infelizmente, seis meses após a menina entrar na univesidade, o pai (talvez achando que já cumprira seu dever) resolveu partir da vida sem nenhum aviso, do jeito dele, silencioso. Foi a maior perda da menina, sem dúvida, porque sempre sonhava dar uma vida melhor para seu pai e sua mãe. A tristeza tomou conta da menina, mas ela não desanimou e o que prometera para si mesma, ela conseguiu cumprir. Dizia que queria ser mãe e conseguiu ter três filhas, lindas, boas, e suas melhores amigas hoje em dia.
Essa é a história da menina que foi muito feliz por ter esse “Pai” maravilhoso junto dela, ensinando tudo que uma menina precisa saber. Nunca vou esquecê-lo, pois ele está gravado em meu coração.
A mesinha que meu pai fez para eu estudar.

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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Que tal lembrar das lendas?

Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana. Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis e até certo ponto aceitáveis para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Podemos entender que Lenda é uma denegeração do Mito. Como diz o dito popular "Quem conta um conto aumenta um ponto", as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida em que vão sendo recontadas.
Lendas brasileiras mais conhecidas:
Boitatá - Representada por uma cobra de fogo que protege as matas, florestas e os animais. Possui a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre José de Anchieta, em 1560. Na região Nordeste do Brasil, o boitatá é conhecido como fogo que corre.
Boto - A lenda do boto surgiu, provavelmente, na região amazônica. Esta figura folclórica é representada por um homem jovem, bonito e charmoso que seduz mulheres em bailes e festas. Após a conquista, conduz as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes da madrugada, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se num lindo boto.
Curupira - Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.
Lobisomem - Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transformar-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D'água
- Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água: a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.
Corpo-seco - É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.
Pisadeira - É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeça - Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.
Mãe-de-ouro - Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.
Saci-Pererê - O saci é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

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