terça-feira, 14 de outubro de 2008

Blog Action Day 2008 - Pobreza

Definições do Dicionário Aurélio:
Pobre - que não tem o necessário à vida, sem dinheiro ou meios.
Pobreza - estado ou qualidade de pobre.

Para mim, a pobreza e a desigualdade social são conhecidas desde a Antiguidade. Hoje, só aumentaram os índices.
Uma das causas deste terrível aumento da pobreza é, sem dúvida, o aumento da população da periferia e das favelas, que crescem indiscriminadamente. Resultado certo: onde morava um casal, no futuro estarão os filhos e os netos, e nada no local foi modificado ou melhorado. As condições só tendem a ficar mais precárias com tantas pessoas “amontoadas”.
Não consigo acreditar em mudanças.
A cada dia que nasce uma criança nestes núcleos pobres é, certamente, uma boca para alimentar, acabado o aleitamento, é mais um que vai ficar perdido sem condição de sobrevivência, na rua, vendendo balas ou fazendo malabares em frente aos carros nos sinais. Isso quando não enveredam para o mundo das drogas e do crime.
O que precisa mudar é a forma de política para enfrentar essa situação, começando pela saúde e educação, que são absolutamente precárias.
Pobre e pobreza são palavras feias, porém estão em toda parte do planeta neste início de século!
Acho que todo o mundo já se acostumou com a miséria humana e não se impressiona mais ao ver os pobres em frente aos hospitais, dias inteiros sem atendimento, e as crianças na rua, já que não têm escola.
Não tenho vergonha de dizer que fui pobre, pelo contrário, aprendi com essa condição a dar valor a tudo que tenho hoje e pude passar ótimos ensinamentos a minhas filhas. Ser pobre não é vergonha, mas sim uma condição imposta pelas dificuldades da vida. Lembro bem o que é ter o ano inteiro um par de sapato para ir à escola e no final do ano a sola era só buraco. Meu pai, então, colocava jornal na palmilha e eu continuava a usá-lo. Nunca me desesperei ao conviver com colegas de posses. Pensava que um dia tudo ia melhorar. Não havia alternativa! Aprendi muito com os moradores de um morro, perto de onde eu morava, eram outros tempos, eles eram organizados, a escola era viável e as crianças estudavam. Os hospitais cuidavam dos doentes. Eu conseguia enxergar que existiam pessoas que tinham menos que nós, até porque meu pai, mesmo sem posses, sempre oferecia um pão ou comida aos que pediam no nosso portão. Era a lei da sobrevivência .
Por que tudo isso acabou? O que há de tão errado neste novo tempo?
Nem precisamos ir longe, como para a Etiópia, a Somália e outros países que vivem na mais absoluta pobreza. O nosso país está bem necessitado e é nele que temos que investir.
Principalmente, na pobreza de espírito do povo e dos governantes.
Lí há pouco tempo um texto onde estava escrito: “O que podemos fazer efetivamente de concreto pelos pobres pode resumir-se em três palavras: amá-los, tratá-los com dignidade e socorrê-los”.
Lindo, mas isso será possível? Tento acreditar, pelo menos tento.
Esta deveria ser a meta priorizada pelo governo, mas falar é sempre fácil, difícil é começar mudanças, mas mudanças efetivas que possam ser sentidas pela população mais necessitada. Será que ainda vamos poder ver o fim da Pobreza???


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2 comentários:

Nina disse...

pobreza de espirito esse sim é o pior mal da vida...

tem mt o que se fazer viu marisa? mt!
olha os paises africanos, meu Deus, o que aquele povo sofre??? e alguns pontos do Brasil. Jesus.

mt o que se fazer. mas a base é educacao. assim ninguem fica pobre de espirito.

bjs. vc fala de coisas inspiradoras.

Anônimo disse...

Oie!!!

Estou colocando seu nome na lista da blogagem coletiva sobre o folclore.

Bjs!

Dê uma comidinha ao panda